Quem viajou há pouco por países da Europa viu como patinetes elétricas se tornaram febre e parecem até ter tomado lugar das bicicletas compartilhadas. No mesmo sistema de empréstimo, ganharam preferência e invadiram passeios de muitas cidades. Esse modelo de transporte está agora prestes a quebrar a rotina da capital mineira. E está previsto para começar a ser visto por ruas e avenidas a partir de hoje, depois de as bikes conquistarem os belo-horizontinos e provarem que numa cidade montanhosa os trajetos também podem ser percorridos sobre duas rodas.
A moda dos patinetes é recente. Começou no ano passado no Vale do Silício, na costa da Califórnia (EUA), se espalhou pela Europa e, agora, invade o Brasil. Empresas responsáveis pelos sistemas de compartilhamento pegam carona nos problemas de mobilidade das grandes cidades brasileiras. “Países mais desenvolvidos conseguiram solucionar com transporte coletivo de qualidade esses problemas de mobilidade, o que não temos por aqui, o que permite que as pessoas estejam disponíveis para usar tecnologias”, explica o diretor de relações-públicas da Yellow, Ricardo Kauffman.
A empresa, responsável pelos patinetes, vai operar também bicicletas compartilhadas, conhecidas na cidade desde 2014, início do Bike BH, que é o sistema de bicicletas públicas compartilhadas de Belo Horizonte. A operação começará de forma gradual e vai aumentar nas próximas semanas, com mais de 500 bicicletas e 250 patinetes, em diversas regiões da cidade, como Centro, Santa Efigênia (Leste de BH), Savassi, Funcionários e Lourdes (Região Centro-Sul). A empresa já opera em São Paulo, São José dos Campos, Rio de Janeiro e Florianópolis. Até o fim do primeiro trimestre, há previsão para o aplicativo estar em outras oito cidades: Campinas, Brasília, Curitiba, Vitória, Porto Alegre, Buenos Aires (Argentina), Bogotá (Colômbia), Santiago (Chile), Cidade do México (México) e Montevidéu (Uruguai).
Os patinetes funcionam com bateria, das 8h às 20h. Nesse intervalo, serão recolhidos a um galpão para limpeza, manutenção e recarga. Pela manhã, são novamente devolvidos aos mais 30 pontos de parceiros credenciados. Um diferencial em relação aos outros modelos do mercado, é que os interessados não precisam de cartão bancário para alugar as bikes nem os patinetes. Créditos podem ser comprados, em dinheiro, diretamente nos pontos parceiros.
Para evitar caso de roubo e depredação, a empresa conta com as equipes próprias dos chamados guardiões, que estão em contato com as autoridades de segurança, em caso de ocorrências. Todos os equipamentos contam com rastreamento por GPS. “Se a pessoa vir alguém carregando uma bicicleta ou patinete na mão, é porque não está usando o aplicativo. Por isso, contamos também com os usuários nesse sentido, pois se estará roubando não apenas da empresa, mas deles também”, afirma Kauffman.