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Estado de Minas

Médicos de Sete Lagoas paralisam atendimento por 24 horas nesta quarta

Categoria reivindica pagamento de salários atrasados. Uma reunião com a prefeitura está marcada para o dia 25. Caso não haja conciliação, os servidores podem paralisar novamente no dia 30


postado em 16/01/2019 18:35 / atualizado em 16/01/2019 19:24

Cerca de 20 médicos paralisaram o atendimento nesta quarta-feira(foto: Reprodução/ Google Street View)
Cerca de 20 médicos paralisaram o atendimento nesta quarta-feira (foto: Reprodução/ Google Street View)
Pelo menos 20 dos 50 médicos que atendem na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e nos postos de saúde de Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, paralisaram os serviços nesta quarta-feira. A categoria reivindica o pagamento da segunda parcela do salário de novembro, o integral de dezembro e o 13º salário de 2018.

Segundo o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais (Sinmed-MG), a paralisação, planejada em Assembleia Geral Extraordinária no dia 8 de janeiro, se entende por 24 horas, das 7h desta quarta-feira até às 7h da quinta-feira. Embora
os médicos municipais não estejam trabalhando, ao menos 30 do programa Mais Médicos, ligado ao governo federal, estão exercendo suas atividades. Na ocasião, apenas os servidores municipais estão com os vencimentos atrasados.

A categoria reivindica o pagamento do restante do salário de novembro de 2018. Uma primeira parcela já teria sido depositada pela administração municipal. Além disso, os médicos estão sem receber os vencimentos de dezembro e o 13º salário. O sindicato ainda pede mais transparência nas ações dos gestores municipais em relação às medidas de contenção de despesas com a saúde.

Uma reunião entre o sindicato e a prefeitura está marcada para 25 de janeiro, mas, caso as demandas dos servidores não sejam atendidas, é possível que haja uma nova paralisação no dia 30 do mesmo mês. Ainda não se sabe quantas pessoas foram prejudicadas com a paralisação desta quarta-feira. Um balanço deve ser publicado no site do Sinmed-MG nesta quinta-feira.

Em nota publicada no site da administração, a Prefeitura de Sete Lagoas informou que, apesar da paralisação, nenhuma unidade de saúde está sem atendimento médico na cidade. Segundo a prefeitura, “os profissionais que atuam nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão recebendo as demandas do dia e, como mecanismo de paralisação, não atendem pacientes que foram agendados anteriormente”.

Na nota publicada, a administração municipal afirmou “respeitar e reconhecer o direito de paralisação democrática de direito”. Quanto aos atrasos, ressaltou que eles são derivados dos “recorrentes atrasos de repasses do Governo do Estado de Minas Gerais”.

Segundo a prefeitura, atualmente o governo estadual deve para Sete Lagoas cerca de R$119 milhões, sendo R$ 78 milhões destinados à Saúde. Esse repasse não estaria sendo feito desde meados de 2016, quando a administração municipal passou a bancar os custos na área.  

No final de novembro de 2018, o prefeito de Sete Lagoas, Leone Maciel Fonseca (MDB), decretou calamidade financeira e, desde então, o município vem destinando seus recursos apenas a gastos obrigatórios. No entanto, garantiu que novos repasses aos médicos da cidade serão feitos nos próximos dias.

No dia 19 de dezembro do ano passado, Leone Maciel e seu vice, Duílo de Castro (PMN), tiveram seus mandatos cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE/MG). A cassação foi motivada por ação que acusa os dois de abuso do poder econômico nas eleições de 2016.

* Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie


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