Uma ação da Guarda Municipal para impedir o comércio de garrafas de vidro durante um evento da Praia da Estação, na Praça da Estação, no Centro de Belo Horizonte, terminou em discussão entre os agentes e ambulantes na tarde deste sábado. Durante a fiscalização, um estacionamento, que era utilizado como depósito de bebidas, foi descoberto. O material não foi retido e só poderá ser retirado a partir deste domingo.
De acordo com subinspetor Alex, da Guarda Municipal, a ação aconteceu na Praça da Estação onde acontece o evento Praia da Estação. “A Guarda Municipal tem o grupamento de fiscalização e ordem pública que vem atuando no combate do comércio clandestino de mercadorias em vias públicas. Então, realizamos uma ção na Praça da Estação, para segurança da população, haja visto que os recipientes de vidro podem causar algum transtorno e até mesmo fazer insegurança para os populares”, afirmou.
Durante a ação, receberam informações de que um estacionamento localizado no cruzamento das ruas Santos Dumont e Bahia, estaria servindo de depósito para os ambulantes. Os agentes foram até o local e confirmaram que os materiais estavam armazenados. “Notificamos o proprietário e fizemos um acordo para que providenciasse a retirada da mercadoria em data futura. Garantindo, assim, que não saísse hoje nenhuma mercadoria para o comércio”, destacou o subinspetor.
No momento da fiscalização no estacionamento o clima ficou tenso. Os guardas municipais cercaram a entrada do estacionamento e não deixaram os ambulantes entrarem. O que revoltou os vendedores. “A gente gera renda, gera emprego e trabalha com dignidade. Respeitamos a Guarda Municipal, que nos dá segurança nas ruas. Respeitamos demais a Polícia Militar (PM), mas nós queremos o nosso direito de trabalho”, disse Vânia Lúcia dos Santos Rosa, de 54 anos, que é moradora do Bairro São João Batista.
A ambulante confirmou que o local servia como depósito das mercadorias. “A gente guarda a mercadoria no estacionamento. A gente paga R$ 150 por mês. Eles fecharam a entrada e não querem deixar a gente entrar e sair com a mercadoria”, contou Vânia.