Jornal Estado de Minas

Escola Estadual Barão do Rio Branco apura depredação de 12 lâmpadas

- Foto: Túlio Santos/EM/DA Press

Agressão ao patrimônio, desrespeito à cultura e desprezo pela educação. Vândalos destruíram todas as 12 lâmpadas e estruturas de vidro da iluminação ambiente, inaugurada há menos de um ano no passeio da centenária Escola Estadual Barão do Rio Branco, localizada na Avenida Getúlio Vargas, na Savassi, na Região Centro-Sul. Construída em 1906, a unidade de ensino é considerada a mais antiga de Belo Horizonte e enche os olhos de quem passa pela via pública, pela imponência e linhas arquitetônicas. Tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), o prédio ficou durante seis anos em processo de restauração, sendo a obra concluída em março do ano passado.


As turmas que estudavam no local tiveram de ser remanejadas, o que gerou grande polêmica na época da transferência. Também as intervenções feitas na área da escola foram alvo de discussão. As estruturas de iluminação destruídas não tinham qualquer proteção, podendo ser atingidas e danificadas “até mesmo com golpes de calcanhar”, conforme observou um morador das imediações.


A reforma da Escola Estadual Barão do Rio Branco custou mais de R$ 8,5 milhões e sofreu sucessivos atrasos. O tombamento do prédio perfaz 2.350 metros quadrados, enquanto toda a área da unidade chega a 4.596 metros. A escola fechou as portas em 2011, com promessa de conclusão das obras em 2013, ano do centenário do prédio.

Mas o colégio ficou abandonado por um ano e meio, tendo as intervenções começado apenas em janeiro de 2013. O novo prazo para o fim da restauração, em meados de 2015, também não foi cumprido. Na época, a Secretaria de Estado de Educação alegou que os atrasos decorriam de problemas de gestão nos contrato em 2015 e 2016.


Durante o restauro, a fachada ganhou novos tons, como um amarelo croissant, caramelo e branco adeiro. E foi toda “plastificada”, como se estivesse envelopada, com tinta especial antipichação. No interior, grades e janelas foram pintadas de colorado, um tom avermelhado. Os anexos, por sua vez, receberam tinta branco gelo e detalhe azul cinza. E houve surpresas: no auditório, preciosidades foram descobertas, pois pinturas estavam escondidas sob sete camadas de tinta aplicadas ao longo das décadas e surgiram em forma de imagens com contornos surpreendentes e belos.


Ladrilhos hidráulicos originais foram mantidos no hall da entrada principal e nos corredores das salas de aula do porão.

Já os da área de circulação externa da varanda do prédio principal foram confeccionados sob medida. Dois laboratórios de ciência (antes era só um) com lavabo permitem aulas simultâneas, sem prejuízo às turmas. Os blocos anexos, que foram derrubados e reerguidos, comportam a cantina, a sala de professores, sala de especialistas, direção, xerox e secretaria (do lado da Rua Tomé de Souza), biblioteca, laboratório de informática (com ar-condicionado) e ciências (do lado da Rua Rio Grande do Norte).

SEGURANÇA Em nota, a Superintendência Regional de Ensino Metropolitana/Secretaria de Estado da Educação informa que a responsável pela coordenação da Escola Estadual Barão do Rio Branco está apurando “o ato de vandalismo ocorrido na calçada externa da escola e quais providências podem ser tomadas para reparar os danos causados”.


Já a Prefeitura de Belo Horizonte explica que a Guarda Municipal trabalha em conjunto com as demais forças de segurança pública na capital, onde realiza ações preventivas voltadas para a defesa do cidadão e do patrimônio público municipal. A corporação administra seus recursos pessoal e logístico visando à segurança das pessoas durante o período em que elas se encontram em espaços públicos administrados pela prefeitura, como escolas, postos de saúde, parques, praças e demais unidades municipais, 24 horas por dia, sete dias por semana. Esta segurança é prestada por meio da presença fixa de guardas municipais ou por rondas motorizadas, em viaturas.

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