Simular o roubo de um celular para tentar reaver o aparelho junto à seguradora. A falsa comunicação de crime se torna cada dia mais comum em Belo Horizonte. Nesta terça-feira, o tenente Washington Amaral, da 6ª Companhia da Polícia Militar, prendeu um homem de 23 anos e uma mulher de 49 pelo delito.
O primeiro caso aconteceu por volta das 16h. Segundo o rapaz, ele teria sido roubado na Praça Sete, no Centro, durante a madrugada. O suspeito teria usado uma arma e a apontado para sua cabeça.
Contudo, por meio das imagens das câmeras do Olho Vivo, a polícia não se deparou com o crime. Ao decorrer dos questionamentos dos policiais, a falsa vítima entrou em contradição. "Nós perguntamos sobre vários aspectos da ocorrência e ele começou a gaguejar. Depois, ele confessou que havia dormido na praça ao consumir bebida alcoólica", detalhou o tenente Washington.
Duas horas depois, uma psicóloga saiu da Região do Barreiro para ir até o Centro com intuito de burlar o seguro. Aos militares, ela deu detalhes do crime, que teria ocorrido em um ônibus da cidade.
"Ela disse que um rapaz tinha a ameaçado com uma faca. Do jeito que ela falou, realmente pareceu verdade. Mas, com apoio do Olho Vivo. percebemos que a mulher não tinha passado pelo local", disse o tenente. Além disso, a PM rastreou o aparelho da suspeita e percebeu que ele estava na Região do Barreiro, justamente no trabalho dela.
Diante das pistas, a mulher confessou o crime. Ela tem passagem pela polícia pelo crime de estelionato. "É um crime que tem sido comum. O ato prejudica o planejamento operacional da Polícia Militar, além de configurar um ato ilícito contra a seguradora", afirma o tenente.
Ambos os detidos foram encaminhados à Central de Flagrantes (Ceflan) II, situada no Bairro Santa Tereza, Região Leste de BH.