Jornal Estado de Minas

Morre homem que atirou na ex-companheira e no filho em Varginha

Morreu no início da manhã desta sexta-feira Natanael Carvalho Camarin, que ficou mais de um mês internado em um hospital de Varginha, no Sul de Minas, após tentar matar a ex-companheira, de 27 anos, o filho deles, de 4, e atirar contra a própria cabeça. O crime ocorreu em 2 de dezembro do ano passado, mas só foi descoberto no dia seguinte. 

Natanael e Maria Rita Barbosa moravam na cidade há seis anos e haviam se separado há seis meses. Por volta das 10h40 do dia 3, segunda-feira, amigos da mulher chegaram à casa onde ela morava, no Bairro Pinheiros, e tocaram o interfone. Eles estranharam a ausência ela no trabalho, já que é conhecida por ser pontual. Como Maria Rita não atendia aos chamados, nem mesmo por telefone, os colegas acionaram a polícia.

A corporação chegou ao local cerca de uma hora depois e precisou arrombar o portão do imóvel. Ao entrar na casa, encontraram com os três feridos caídos no chão. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestou socorro. Eles foram levados à Fundação Hospitalar do Município de Varginha (Fhomuv) - Hospital Bom Pastor.
O menino precisou ser transferido para uma unidade médica de Alfenas, também no Sul do estado. Mãe e filho tiveram alta e Natanael permaneceu internado até hoje. Há informações de que ele teve uma infecção generalizada. 

Na época, a polícia informou que Natanael usou uma pistola calibre 32 no crime. Câmeras de segurança mostraram que por volta das 13h20 de domingo, o homem deixou a casa da ex-companheira. O carro dele estava parado em frente à garagem da casa. Um minuto depois, o suspeito deu a volta no quarteirão, estacionou o veículo novamente e retornou à residência.

Natanael e Maria Rita nasceram em São Gonçalo do Sapucaí. A mulher e a criança estavam na casa alugada havia apenas uma semana.
O vizinho que alugou o imóvel para ela, afirmou que ouviu barulhos que seriam os dos tiros. “Na hora, eu ouvi o barulho, mas não atinei. Achei que era foguete, futebol. Agora que a ficha caiu. A gente poderia ter ajudado, prestado socorro e chamado a polícia”, contou à reportagem em dezembro. 

A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o caso, que estava sendo investigado como feminicídio tentado, tentativa de homicídio, e tentativa de suicídio. Nesta sexta, a polícia informou que as apurações ainda estão em andamento e que, por enquanto, não podem passar mais informações para que a investigação não seja prejudicada. (Com informações de Sander Kelsen - TV Alterosa e Gabriel Ronan)

.