Imagens feitas pela reportagem do Estado de Minas em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, mostram como ficou o Rio Paraopeba, uma das principais fontes de abastecimento de água para a região metropolitana, após o rompimento de uma barragem da mineradora Vale na tarde desta sexta-feira.
A lama atingiu o Rio Paraopeba antes da área de captação da Copasa. Em alguns trechos, ele foi praticamente “pavimentado”. Há risco de a lama chegar em Três Marias, passando por Betim, Paraopeba e outras.
O Rio Paraopeba tem 546,5 quilômetros de extensão. A bacia cobre 12.090 quilômetros quadrados e 35 municípios. A nascente está localizada em Cristiano Otoni, na Região Metropolitana de Belo Horizonte e a foz fica na represa de Três Marias, em Felixlândia, na mesma região. Ele é um dos principais afluentes do Rio São Francisco
Em dezembro de 2015, a Copasa inaugurou uma captação emergencial diretamente no Rio Paraopeba, em Brumadinho, que permitiu à empresa retirar até 5 mil litros de água por segundo do manancial, garantindo a recuperação das represas do Sistema Paraopeba. Com as chuvas recentes, a companhia tem condições de poupar a captação direta do Paraopeba e usar apenas as represas, se assim for necessário, conforme explicou o diretor de Operação Metropolitana da Copasa, Rômulo Perilli, em reportagem publicada pelo EM em 5 de janeiro. Na ocasião, o Estado de Minas mostrou que a represa Vargem das Flores (popularmente conhecida como Várzea das Flores) atingiu o maior nível em 5 anos.