Moradores de Brumadinho, que tiveram familiares e amigos atingidos pela lama da barragem do Córrego do Feijão, rompida no fim da manhã desta sexta-feira, relatam momentos de desespero.
A esposa de Jorge Santana de Araújo Porto trabalhava próximo à barragem e estava ao telefone com ele quando aconteceu a tragédia. “Por volta de 12h15 ela me ligou, de repente ela falou: ‘tá tendo um terremoto, tá tremendo, as árvores estão caindo, meu Deus do céu, tenha misericórdia’ aí a ligação caiu”, relata. Ele contou que com 20 minutos conseguiu chegar no local, que já estava devastado pela lama. Ele ainda entrou na lama em busca de sua esposa, mas não a encontrou. Jorge agora teme em voltar sozinho para casa com suas duas filhas, mas não perde as esperanças “Eu creio que vai dar tudo certo, ela vai estar ilhada em algum lugar e vai sair com vida”, disse.
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A barragem pertence à Vale. Prefeituras de cidades próximas ao Rio Paraopeba alertam ara que os moradores se mantenham longe do curso d'água. O número exato de vítimas até as 23h chega a sete mortos e 150 desaparecidos. O Corpo de Bombeiros e o governo de Minas Gerais enviaram viaturas e helicópteros para o socorro no município.
*Estagiária sob supervisão de Marcílio de Moraes
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