O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), determinou a suspensão de todas as atividades da Vale na área da Barragem 1 da Mina Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A Semad informou, por meio de nota, que no primeiro auto de fiscalização relativo ao rompimento da barragem, foi determinada a interrupção de todas as atividades mineradoras no local, “ressalvada as ações emergenciais”.
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A Semad informou que, além da suspensão das atividades na área, determinou a “a abertura imediata de um canal onde houve acúmulo de sedimentos que interrompem o fluxo natural do curso d’água.
De acordo com a Semad, a estrutura da barragem rompida tinha área total de aproximadamente 27 hectares e 87 metros de altura. A competência para fiscalizar a segurança das barragens de mineração é da Agência Nacional de Mineração (ANM), segundo a Política Nacional de Segurança de Barragens (Lei n. 12.334/2010). Ainda conforme a Lei, a responsabilidade pela operação adequada das estruturas é do empreendedor.
A Semad argumenta que a “a competência para fiscalizar a segurança das barragens de mineração é da Agência Nacional de Mineração (ANM), segundo a Política Nacional de Segurança de Barragens (Lei n. 12.334/2010)”.
AGENCIA NACIONAL DE MINERAÇÃO INVESTIGA CAUSAS A Agência Nacional de Mineração informou na tarde de sexta-feira que encaminhou para Brumadinho a sua equipe técnica de Belo Horizonte reforçada por outros profissionais com expertise em segurança em barragens para avaliar a situação. De acordo com o órgão, a equipe técnica tem como “verificar in loco a real situação dos fatos ocorridos e tomar as providências legais estabelecidas pela Lei nº 12.334, de 2010, Lei de Segurança de Barragens”.
A ANM informou que na manhã deste sábado, o diretor-geral da agência, o geólogo Victor Hugo Froner Bicca e o diretor Tasso Mendonça, também estão se deslocando para o local da tragédia em Brumadinho para participarem das diligências juntamente com a equipe técnica.
De acordo com a Agência Nacional de Mineração, “a barragem que se rompeu designada de B1, é uma estrutura para contenção de rejeitos, de porte médio, que não apresentava pendências documentais e, em termos de segurança operacional, está classificada na Categoria de Risco Baixo e de Dano Potencial Associado Alto (em função de perdas de vidas humanas e dos impactos econômicos sociais e ambientais)”.
A ANM informou que “a concessionária apresentou em março de 2018 a primeira Declaração de Condição de Estabilidade dessa barragem. Realizou sua revisão periódica de segurança em junho de 2018, tendo apresentado a respectiva Declaração de Condição de Estabilidade, como também, apresentou em setembro de 2018, a terceira Declaração de Condição de Estabilidade, expedida por auditoria independente”. Por ultimo, diz a agencia, foram apresentadas as informações de que foi feita vistoria por um grupo de técnicos em dezembro de 2018 e que eles “não encontraram indícios de problemas relacionados à segurança da estrutura”..