O presidente Jair Bolsonaro sobrevoou a área atingida pelo rompimento da Barragem Mina Feijão, na manhã deste sábado, em Brumadinho. Após presenciar o mar de lama no local, retornou para o Aeroporto Internacional de Confins e embarcou de volta para Brasília, sem dar entrevistas. Entretanto, ele utilizou o Twitter para expressar o que viu em meio ao desastre.
Leia Mais
Médica da Vale é primeira vítima identificada na tragédia em BrumadinhoDefesa Civil alerta para possibilidade de pancadas de chuva em Brumadinho Bombeiros encontram ônibus soterrado por lama em Brumadinho; ocupantes estão mortos Ministro diz que Bolsonaro nunca quis afrouxar licenças ambientaisMais de 40 pessoas foram encontradas com vida em Brumadinho neste sábadoBrumadinho: Cães e tecnologia de Israel ajudarão bombeiros na busca por sobreviventesHorticultores que abasteciam a Grande BH lamentam tragédia: 'perdemos tudo'“Difícil ficar diante de todo esse cenário e não se emocionar. Faremos o que estiver ao nosso alcance para atender as vítimas, minimizar danos, apurar os fatos, cobrar justiça e prevenir novas tragédias como a de Mariana e Brumadinho, para o bem dos brasileiros e do meio ambiente”, escreveu.
A aeronave que levou a comitiva presidencial a Minas partiu da base aérea de Brasília por volta das 8h30. Por volta das 9h30, o presidente chegou ao Aeroporto de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
De Confins, ele seguiu com o governador Romeu Zema para a região atingida pelo rompimento da barragem de rejeito, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
O presidente e o governador Romeu Zema se reuniram com vários integrantes dos comitês de crise dos dois governos em uma sala no aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins.
Também participam da reunião de trabalho o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o ministro da Defesa general Fernando Azevedo e Silva, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o ministro chefe da secretaria de governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Henrique Canuto, e o secretário nacional de Defesa Civil, Alexandre Lucas.
Ontem, em entrevista à rádio Regional de Brumadinho, Bolsonaro disse que a tragédia de Mariana, em novembro de 2015, deveria ter servido de alerta para evitar o rompimento de outra barragem. Ele reforçou que “lamenta profundamente” a tragédia e que esse tipo de episódio poderia ter sido evitado.
“Acionamos o gabinete chamado de crise em Brasília, ficaremos antenados aí 24 horas por dia para prestar informações à população, para colher informações também, de modo que possamos minimizar mais essa tragédia depois de Mariana, que a gente esperava que não tivesse uma outra, até por uma questão de servir de alerta aquela”, declarou Bolsonaro na entrevista. O presidente prometeu que o governo federal vai empenhar esforços para diminuir o impacto ambiental e as consequências do rompimento à população. “Vamos tentar diminuir o tamanho do mal que essa barragem aí, ao se romper, proporciona junto ao meio ambiente e junto à população em geral.”
Ele disse, no entanto, que a prevenção a tragédias deveria partir primeiro da empresa que executa obra em barragens. “Se bem que a questão da Vale do Rio Doce não tem nada a ver com o governo federal, apenas cabe a nós a fiscalização por parte do Ibama, que é o órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, e buscar meios para se antecipar a problemas, mas esses meios partem primeiramente da empresa que executa a obra,”, afirmou..