Jornal Estado de Minas

Após sobrevoar Brumadinho, Bolsonaro promete justiça

- Foto: Arte EM
O presidente Jair Bolsonaro sobrevoou a área atingida pelo rompimento da Barragem Mina Feijão, na manhã deste sábado, em Brumadinho. Após presenciar o mar de lama no local, retornou para o Aeroporto Internacional de Confins e embarcou de volta para Brasília, sem dar entrevistas. Entretanto, ele utilizou o Twitter para expressar o que viu em meio ao desastre.

Bolsonaro disse estar emocionado e prometeu minimizar os danos aos atingidos pelo desastre. O presidente afirmou que irá apurar os fatos para prevenir novas tragédias, como a de Brumadinho e Mariana, esta última ocorrida em 2015, vitimando 19 pessoas.

“Difícil ficar diante de todo esse cenário e não se emocionar. Faremos o que estiver ao nosso alcance para atender as vítimas, minimizar danos, apurar os fatos, cobrar justiça e prevenir novas tragédias como a de Mariana e Brumadinho, para o bem dos brasileiros e do meio ambiente”, escreveu.



A aeronave que levou a comitiva presidencial a Minas partiu da base aérea de Brasília por volta das 8h30. Por volta das 9h30, o presidente chegou ao Aeroporto de Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

De Confins, ele seguiu com o governador Romeu Zema para a região atingida pelo rompimento da barragem de rejeito, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

O presidente e o governador Romeu Zema se reuniram com vários integrantes dos comitês de crise dos dois governos em uma sala no aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins.
A procuradora-geral da República Raquel Dodge e o procurador geral do estado Antônio Sérgio Toné também participam do encontro, no qual está presente ainda o presidente da Vale, Fábio Schvartzman.



Também participam da reunião de trabalho o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o ministro da Defesa general Fernando Azevedo e Silva, o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, o ministro chefe da secretaria de governo, general Carlos Alberto dos Santos Cruz, o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Henrique Canuto, e o secretário nacional de Defesa Civil, Alexandre Lucas.

Ontem, em entrevista à rádio Regional de Brumadinho, Bolsonaro disse que a tragédia de Mariana, em novembro de 2015, deveria ter servido de alerta para evitar o rompimento de outra barragem. Ele reforçou que “lamenta profundamente” a tragédia e que esse tipo de episódio poderia ter sido evitado.

“Acionamos o gabinete chamado de crise em Brasília, ficaremos antenados aí 24 horas por dia para prestar informações à população, para colher informações também, de modo que possamos minimizar mais essa tragédia depois de Mariana, que a gente esperava que não tivesse uma outra, até por uma questão de servir de alerta aquela”, declarou Bolsonaro na entrevista. O presidente prometeu que o governo federal vai empenhar esforços para diminuir o impacto ambiental e as consequências do rompimento à população. “Vamos tentar diminuir o tamanho do mal que essa barragem aí, ao se romper, proporciona junto ao meio ambiente e junto à população em geral.”

Ele disse, no entanto, que a prevenção a tragédias deveria partir primeiro da empresa que executa obra em barragens. “Se bem que a questão da Vale do Rio Doce não tem nada a ver com o governo federal, apenas cabe a nós a fiscalização por parte do Ibama, que é o órgão vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, e buscar meios para se antecipar a problemas, mas esses meios partem primeiramente da empresa que executa a obra,”, afirmou..