Agricultores do vilarejo do Tijuco, devastado pela lama da Vale, vendiam hortaliças para sacolões de Belo Horizonte, Nova Lima, Contagem, Sarzedo e Betim
Leia Mais
Após sobrevoar Brumadinho, Bolsonaro promete justiça Médica da Vale é primeira vítima identificada na tragédia em BrumadinhoVale divulga lista de nomes de mais de 400 funcionários não localizados após rompimento de barragem em BrumadinhoEM acompanha equipe de socorristas em BrumadinhoRompimento de barragem em BrumadinhoImagens aéreas do rompimento de barragem em BrumadinhoSegundo ele, a maioria da população local vivia exclusivamente da agricultura. Contudo, além de perder terreno e plantações, os equipamentos, como bombas hidráulicas, ficaram completamente destruídas depois do tsunami de rejeitos. "Aqui saía era caminhão cheio. Agora está desse jeito aí", lamentou Paulinho, como é conhecido na região, apontando para o latifúndio tomado pela lama.
Dono de uma estufa local, Magno André Barbosa, de 39 anos, vive da agricultura desde 1996. "Eu vendia para Contagem, Betim e até para a Ceasa. Atualmente, eu só mexia com folhas. Mas agora perdi. Ficou até uma parte da horta, mas não tenho água, não tenho maquinário. Sobrou nada", se emocionou.
O momento da tragédia ambiental ficou marcado por muita correria para Magno. De acordo com o agricultor, a lama não chegou a sua casa, porém, quando recebeu de amigos a notícia do rompimento, correu para salvar um parente acamado. "O barulho foi só aumentando e aumentando. Mas consegui tirar o senhor de lá" disse.
.