O governador Romeu Zema (Novo) afirmou neste sábado que está tomando todas as medidas para que os culpados pelo rompimento da Barragem do Feijão, em Brumadinho, sejam punidos exemplarmente. Também garantiu que o estado vai rever os protocolos e a legislação ambiental para a atividade da mineração.
"Os envolvidos serão punidos exemplarmente e todas as medidas judiciais foram tomadas, inclusive com o bloqueio de bilhões", afirmou. Zema decretou calamidade pública por causa da tragédia em Brumadinho, o que ajuda na mobilização de órgãos estaduais e na convocação de voluntários.
Zema afirmou que a barragem que rompeu estava com todos os documentos regulares, além de estar inativa. "Aqui em Minas os mortos estão ressuscitando, o que é inadmissível", disse.
O governador de Minas teve reunião com o grupo de crise e o presidente Jair Bolsonaro (PSL), que ofereceu ajuda federal.
Zema, que na campanha havia falado em facilitar os licenciamentos no estado, defendeu mais rigor na legislação ambiental. "A legislação terá que ser revista porque a barragem que se rompeu estava inativa anos e não recebia material", disse.
O procurador-geral do estado Antônio Sérgio Tonet afirmou neste sábado que o Ministério Público tem trabalhado para tornar as leis ambientais mais rigorosas. Ele disse que a instituição já estava investigando a barragem que se rompeu, mas que havia laudos atestando a falta de risco.
De acordo com Tonet, o MP trabalha neste momento na busca de provas para acionar os culpados administrativa, civil e criminalmente. O MP pediu o bloqueio de R$ 5 bilhões para acautelar a situação. "Vamos buscar a responsabilização integral do responsável por esse dano para que não se escondam em processos que podem durar anos", disse.