Jornal Estado de Minas

Disputa familiar de vítima de Brumadinho provoca bate-boca no IML de BH

- Foto: Arte/Soraia Piva

Duas mulheres que se dizem viúvas do funcionário terceirizado Eliandro Batista de Barros, de 35 anos, que morreu na tragédia de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, se envolveram em um bate-boca na porta do Instituto Médico Legal (IML). Iracema Dias de Oliveira, de 44 anos, e Meire Almerinda, de 41, discutiam sobre quem seria a 'oficial' e onde seria o sepultamento. Depois de muito impasse, elas entraram em um consenso.  Ele será enterrado nesta segunda-feira (28) em sua terra natal, Itaipé, na Região do Vale do Mucuri. 

Iracema de Oliveira alega ter união estável e que morava com Eliandro há dois anos no Bairro Céu Azul, em Venda Nova. Ela, que é prima de primeiro grau da vítima, além de Eliene, irmã de Eliandro, e a sobrinha Giovanna, tinham o desejo de enterrá-lo em Itaipé, perto de Teófilo Otoni, onde residem os pais dele.

Já Meire Almerinda, que também se intitula esposa - apesar de não serem casados no papel e só morarem juntos -  gostaria que ele fosse enterrado em Belo Horizonte. Ela trouxe a carteira de identidade, carteira de trabalho, e outros documentos de Eliandro e estava acompanhada de um advogado.

A família alega não conhecê-la. O impasse durou algumas horas.
No cartório, onde foram pegar a certidão de óbito, as três - Iracema, Meire e Eliene - chegaram a um acordo. No documento, Eliandro foi registrado como solteiro e tendo como herdeiras as duas filhas, Lorraine e Leandra, que são de outros dois relacionamentos. O corpo será levado para Itaipé, onde será sepultado. Meire decidiu não seguir para o velório e o enterro.
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