Os trabalhos de buscas das vítimas do rompimento da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, vão continuar nos próximos dias em 14 pontos prioritários. Segundo o Corpo de Bombeiros, são locais onde há maior possibilidade de encontrar vítimas.
De acordo com o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, as ações vão se concentrar em ônibus, pousadas, refeitórios, entre outros pontos. “Estamos com mais de 14 pontos que já foram georreferenciados. São locais onde existem maior probabilidade de localização de vítima. Em locais como refeitório, ônibus, locomotivas, onde existem a possibilidade maior de encontrar as pessoas, são consideradas áreas prioritárias. Amanhã (segunda-feira) vamos reavaliar conformes as informações que estão chegando”, disse o tenente.
Entre a noite deste domingo e madrugada de segunda-feira, os militares vão se concentrar os trabalhos em um ônibus encontrado próximo a área administrativa da Vale. Segundo o Corpo de Bombeiros, vítimas foram confirmadas dentro do veículo. Este é o segundo coletivo encontrado em meio a lama de rejeitos. Ações também continuarão em uma casa próximo ao refeitório localizado na área administrativa da Vale.
Moradores já tinham indicado que poderia haver um ônibus na região. Durante sobrevoo, os militares conseguiram encontrar o veículo. “Recebemos a notícia de localização do ônibus. É um segundo ônibus. Vamos trabalhar com cortadores para estabelecer um canal de acesso”, explicou Aihara.
Este é o segundo ônibus que foi encontrado na região. Na manhã de sábado, um outro veículo já tinha sido encontrado. Dentro dele, estavam alguns funcionários, que não resistiram ao acidente. Ao menos, 10 corpos foram resgatados neste veículo.
15 metros de profundidade
A quantidade de rejeitos de minério que vazou da Barragem Mina Córrego do Feijão proporciona uma dificuldade a mais no trabalho de buscas. Aproximadamente 12 milhões de metros cúbicos de materiais desceram do reservatório que se rompeu. Segundo o Corpo e Bombeiros, há locais em que a profundidade é de aproximadamente 15 metros.
Segundo o tenente Pedro Aihara, com o passar dos dias, a lama está secando, o que ajuda no deslocamento dos militares e dos cães farejadores. “A lama já desceu de 10 a 15 centímetros. Então, o grau de segurança é maior”, afirmou durante coletiva de imprensa na noite deste domingo.