“Isso é um genocídio”, disse o prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PHS) na manhã desta segunda-feira, sobre a tragédia em Brumadinho, quando houve o rompimento da Barragem da Mina do Córrego do Feijão, empreendimento da Vale.
Para o prefeito, a impunidade é causa exclusiva dessa tragédia se repetir em Minas Gerais. “Se o presidente da Vale tivesse sido preso pelo desastre de Mariana, esse desastre (Brumadinho) certamente não aconteceria”, disse.
“Isso que revolta, que entristece. Isso não é árvore, não é passarinho, não é boi, não é cachorro. Eu acredito que passe de 300 o número de vítimas. Isso é um genocídio. É um crime que, pelo menos preventivamente, essa diretoria da Vale tinha que estar na cadeia, isso não aconteceria nunca mais com qualquer lei que se colocar”, desabafa o prefeito.
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O prefeito também registrou sua insatisfação com o Ministério Público, que tem investigado o aumento da tarifa do transporte público em Belo Horizonte. “É hora de todos que trabalham tanto com aumento de passagem, o próprio Ministério Público está preocupado que aumentou 50 centavos na passagem, pediu 104 mil documentos, pra ver se tem algum ‘vagabundo’ mexendo com isso ou qualquer coisa que o valha”.
*Estagiária sob supervisão do editor Benny Cohen