Brumadinho - Já são quase três dias do rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho, administrada pela Vale. Ainda assim, há a esperança de encontrar sobreviventes. Uma das alternativas para isso é um sonar trazido pelo Exército de Israel a Minas Gerais. O item capta sinais telefônicos a até cinco metros de profundidade e se torna mais uma opção para capacitar os trabalhos de busca e salvamento em meio à lama de rejeitos.
"A gente faz uso de uma série de recursos tecnológicos. Atualmente, a gente faz uso de sobrevoos com drones, câmeras termais, georreferenciamento, últimas localizações disponíveis e outros equipamentos. Este é mais um recurso para somar", explicou o tenente Pedro Aihara, do Corpo de Bombeiros, sobre o novo aparato.
O comandante da Unidade de Resgate Nacional de Israel, Golan Vach, também concedeu entrevista à imprensa em Brumadinho. Ele disse sobre o que já foi feito nesta segunda-feira. "Logo de manhã, nós checamos a área com helicópteros para ter uma imagem completa do local. Antes de tudo, nossa impressão é de um grande trabalho do Corpo de Bombeiros. É uma missão muito difícil, em um lugar muito perigoso", contou o militar.
Os israelenses trouxeram, ainda, equipamentos modernos para rastreamento, com capacidade de captação de imagens e detectores de vozes e ecos. No total, são 136 militares e 16 toneladas de tecnologia. Eles chegaram por volta das 21h30 de domingo a Belo Horizonte e foram recebidos pelo governador Romeu Zema na pista do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na região metropolitana da capital.
Em sua conta pessoal no Twitter, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, postou no domingo (27) imagens dos militares enviados para o Brasil e destacou a importância da operação. “A delegação israelense está a caminho do Brasil para ajudar as vítimas do desastre do desabamento da barragem. Nós ajudamos nossos amigos.”