Um grupo de 20 voluntários da comunidade judaica em Belo Horizonte está responsável por preparar as refeições para os militares do Exército israelense, que estão em Minas Gerais para ajudar no resgate de vítimas do rompimento da barragem da Mina do Feijão, da Vale.
As refeições são preparadas no bairro Funcionários, na sede do Beit Chabad, organização beneficente judaica.
Os alimentos são kasher, preparados segundo preceitos milenares da lei judaica, descritos no Velho Testamento. Os judeus não podem comer, por exemplo, carne de porco, camarão, lagosta, frutos do mar, peixes sem escamas, carne com sangue, e alimentos que misturen carne com produtos de origem láctea, como manteiga, leite e queijo.
O cardápio do almoço desta segunda-feira (28) tem arroz, feijão, bolinho de carne, frango à milanesa, macarrão à bolonhesa e salada de macarrão.
Por dia, serão consumidos 60kg de carne e 80kg de frutas, legumes e verduras.
Rivka Katri, mulher do Rabino Nissim Katri e voluntária na cozinha, diz que "é muito bom ver a solidariedade das pessoas, neste momento de dor e de tristeza. Temos de dar toda a condição para que os soldados tenham a chance de ajudar cada vez mais".
Ao todo, são 140 militares, que ficarão no estado por tempo indeterminado, enquanto houver chances de salvamento de sobreviventes ou retirada de corpos sob a lama. Eles tomarão o café da manhã e jantarão no 12º Batalhão de Infantaria, em BH, e o almoço em Brumadinho.