Os mais de 12 milhões de metros cúbicos que desceram da Barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, causou dezenas de mortes e deixou centenas de desaparecidos. Mas, também, provocou danos ambientais no município e prejuízos para produtores. Um levantamento foi iniciado nesta segunda-feira pelo Governo de Minas para identificar o número de produtores ruais e de atividades agropecuárias prejudicados.
As ações, coordenadas pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, vão acontecer em Brumadinho e em outros trechos onde a lama de rejeitos pode atingir o Rio Paraopeba. Como, Betim, Cachoeira da Prata, Caetanópolis, Curvelo, Esmeraldas, Felixlândia, Florestal, Igarapé, Inhaúma, Juatuba, Maravilhas, Mário Campos, Papagaios, Pará de Minas, Paraopeba, Pequi, Pompeu, São Joaquim de Bicas e São José da Varginha.
Em Brumadinho, o levantamento preliminar indica que os mais prejudicados foram os produtores de hortaliças. A Emater-MG e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) vão fazer o cruzamento de dados para identificar a produção agropecuária dos municípios atingidos.
Outra preocupação é com os animais. Será feito um levantamento para verificar os locais onde os animais utilizam a água dos mananciais ou rios atingidos. Uma alternativa levantada como alternativa é o abastecimento por caminhões-pipa.
Segundo a Emater-MG, será verificado os produtores atingidos que possuem crédito rural junto a agentes financeiros. “Dependendo da necessidade, a secretaria de Agricultura poderá solicitar aos bancos uma prorrogação do pagamento pelos produtores rurais. Num outro momento, será elaborado um plano de retomada da atividade agropecuária da região atingida. Para isso, a Epamig irá propor um trabalho de análise de solo junto com a Embrapa Solos”, informou a Emater.