A Caixa Econômica Federal anunciou, nesta segunda-feira, novas medidas para ajudar a população de Brumadinho. Na última sexta-feira, a barragem 1 da Mina Córrego do Feijão se rompeu no município. A última atualização do Corpo de Bombeiros aponta 60 mortos e 292 desaparecidos.

De acordo com o banco, para os moradores da cidade será concedida pausa especial de pagamento até 90 dias nas operações de Crédito Pessoal e Crédito Direto ao Consumidor (CDC), além de até 60 dias de carência para 1ª parcela em novos contratos. Haverá ainda isenção de três meses nas tarifas da cesta serviços para os correntistas.

As medidas também abrangem as pessoas jurídicas. Para as empresas da região, o banco concederá pausa de até três meses do pagamento das parcelas das operações de crédito. Além disso, haverá isenção de cesta de serviços pelo período de três meses para correntistas. No crédito habitacional, haverá pausa de até 90 dias nas prestações do financiamento imobiliário.

Os trabalhadores que tiverem residência na área afetada poderão solicitar o saque do FGTS. A Lei 10.878, de 2004, autoriza a liberação de valores do Fundo em áreas atingidas por desastre natural a partir da decretação de estado de calamidade ou situação de emergência pelo Governo do Município ou do Estado e confirmação pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, providências já adotadas para o caso de Brumadinho.

A Caixa informou que estenderá o horário de atendimento das agências de Brumadinho e outras próximas ao município. Nesta terça-feira, o banco também deverá deslocar um caminhão-agência, que levará reforço para o atendimento bancário na cidade. 

As Agências em Brumadinho, Betim, Contagem e as unidades de Belo Horizonte também funcionarão como ponto de recebimento de doações de água, material de higiene e limpeza.

Por fim, a Caixa abriu uma conta para que brasileiros de todo o país possam enviar ajuda aos atingidos pela tragédia. Os dados da conta poupança, com o nome “Juntos por Brumadinho”, são: agência 2808, operação 013, conta 3-5.

A partir da delimitação da área efetivamente afetada pelo Governo Municipal/Defesa Civil, já em curso, a CAIXA procederá a liberação do FGTS, no limite máximo de R$ 6.220,00 por trabalhador.