Em virtude do aumento significativo de vítimas da tragédia em Brumadinho, na Grande BH, a Academia de Polícia de Minas Gerais (Acadepol) organizará força-tarefa para agilizar o processo de reconhecimento dos corpos no Instituto Médico Legal (IML), de Belo Horizonte. Além do aumento de profissionais envolvidos no processo, a Acadepol desenvolveu um cadastro especial para facilitar a identificação dos mortos.
O IML de Belo Horizonte está reservado para o atendimento às vítimas do acidente na barragem de Brumadinho – outros casos estão sendo concentrados na unidade de Betim. O local na capital atualmente tem capacidade para 77 câmaras frigoríferas e pode estender o atendimento a outros 350 corpos. Hoje, existem 88 médicos-legistas trabalhando no processo. A maioria dos corpos tem sido reconhecidos por impressão digital.
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A Acadepol fez inicialmente o cadastro de informações de 517 famílias que tiveram desaparecidos para facilitar o momento da identificação dos corpos – em certos casos, vários membros de famílias cadastraram um mesmo desaparecido. A Acadepol trabalha com uma previsão de 350 vítimas no acidente.
As informações sobre o número de corpos identificados serão divulgadas pelo Governo de Minas. “Tentamos compilar uma única lista de cadastro de desaparecidos para facilitar a identificação. Nesse primeiro momento, fizemos atendimento social, médico e o acolhimento das famílias para que eles tivessem conforto maior no momento de dificuldade e dor”, afirma a delegada-geral Cinara Liberal, diretora da Acadepol..