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Estado de Minas

Força-tarefa é montada para agilizar identificação de vítimas de tragédia de Brumadinho

Além do aumento de profissionais envolvidos no processo, a Academia de Polícia de Minas Gerais (Acadepol) desenvolveu um cadastro especial para facilitar a identificação dos mortos


postado em 28/01/2019 18:57 / atualizado em 28/01/2019 19:03

Anúncio do reforço nos trabalhos foi feito na tarde desta segunda-feira(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Anúncio do reforço nos trabalhos foi feito na tarde desta segunda-feira (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)

Em virtude do aumento significativo de vítimas da tragédia em Brumadinho, na Grande BH, a Academia de Polícia de Minas Gerais (Acadepol) organizará força-tarefa para agilizar o processo de reconhecimento dos corpos no Instituto Médico Legal (IML), de Belo Horizonte. Além do aumento de profissionais envolvidos no processo, a Acadepol desenvolveu um cadastro especial para facilitar a identificação dos mortos.

O IML de Belo Horizonte está reservado para o atendimento às vítimas do acidente na barragem de Brumadinho – outros casos estão sendo concentrados na unidade de Betim. O local na capital atualmente tem capacidade para 77 câmaras frigoríferas e pode estender o atendimento a outros 350 corpos. Hoje, existem 88 médicos-legistas trabalhando no processo. A maioria dos corpos tem sido reconhecidos por impressão digital.

“Existe uma grande mobilização dos profissionais envolvidos no processo. Cancelamos as férias de alguns legistas, aumentamos as escalas de trabalho para que o processo se torne mais eficiente. O trabalho fica cada dia mais difícil. Com o passar do tempo, os corpos ficam imersos na lama e se deterioram. Então, nos resta fazer as comparações de odontologia e antropologia legal (radiografias do corpo) e DNA”, afirma o superintendente de Polícia Técnico-Científica, Tales Bittencourt, que tem a incumbência de organizar todo o processo.

A coleta do DNA tem sido feita através da extração de fragmento de músculo da vítima. Para comparação, a Polícia também colheu material das famílias a fim de comparação e facilitação na identificação dos corpos. “Temos estrutura, capacidade técnica e mobilização de todas as áreas das Polícia Civil para trabalhar juntos na identificação dos corpos. Temos identificadores fazendo a coleta das digitais para comparação datiloscópica”, afirma Tales.

A Acadepol fez inicialmente o cadastro de informações de 517 famílias que tiveram desaparecidos para facilitar o momento da identificação dos corpos – em certos casos, vários membros de famílias cadastraram um mesmo desaparecido. A Acadepol trabalha com uma previsão de 350 vítimas no acidente.

As informações sobre o número de corpos identificados serão divulgadas pelo Governo de Minas. “Tentamos compilar uma única lista de cadastro de desaparecidos para facilitar a identificação. Nesse primeiro momento, fizemos atendimento social, médico e o acolhimento das famílias para que eles tivessem conforto maior no momento de dificuldade e dor”, afirma a delegada-geral Cinara Liberal, diretora da Acadepol.


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