Uma operação conjunta entre a Polícia Federal (PF) os Ministérios Públicos de Minas Gerais e São Paulo, e as Polícias Civis dos dois estados, acontece na manhã desta terça-feira. Os alvos da ação são engenheiros que atestaram a segurança da barragem B1, que se rompeu na última sexta-feira em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e funcionários da Vale.
Segundo as investigações, os funcionários atestaram o laudo da barragem que se rompeu. Eles deram parecer dizendo que a estrutura não apresentava risco de rompimento. Segundo a Polícia Civil, dois homens presos em São Paulo serão transferidos para Minas Gerais ainda nesta terça-feira. Na Região Metropolitana de Belo Horizonte, também houve prisões de três funcionários da Vale.
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Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram pedidos por uma força-tarefa criada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para apurar a tragédia de Brumadinho. Fazem parte do grupo a Promotoria de Justiça da Comarca de Brumadinho, a Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa das Bacias dos Rios da Velha e Paraopeba, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e Grupo Especial de Promotores de Justiça de Defesa do Patrimônio Público (GEPP). Eles receberem apoio das polícias Civil e Militar, e do Gaeco de SP.
A Justiça da Comarca de Brumadinho expediu cinco mandados de prisão temporária, com validade de 30 dias, e outros sete mandados de busca e apreensão. Dos cinco alvos da operação, dois estavam em São Paulo. Os demais residem na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Todos serão ouvidos em Belo Horizonte.
Segundo o MPMG, foram presos três funcionários da Vale.
Outros mandados
Foram cumpridos, paralelamente, mandados expedidos pela Justiça Federal de Belo Horizonte a pedido do Ministério Público Federal, pela Procuradoria da República em Minas Gerais, e a Polícia Federal, pela sua Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico. Nesta segunda ação, os policiais foram até a sede da Vale em Nova Lima e em uma empresa de São Paulo, que prestou serviços de projetos e consultoria na área de barragens para a mineradora. Pessoas ligadas à empresa foram alvos.
“Nas diligências houve a participação de procuradores da República lotados em Minas Gerais e São
Paulo, policiais federais, bem como peritos das áreas de informática, mineração e geologia”, informou o MPMG.
Por meio de nota, a Vale afirmou que está colaborando “plenamente com as autoridades”. “ A Vale permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos, juntamente com o apoio incondicional às famílias atingidas”, completou.
A empresa Tüv Süd Brasil, em nota, disse que fez duas avaliações da barragem que rompeu a pedido da Vale: uma revisão periódica da segurança da barragem, em junho de 2018, e uma inspeção regular da segurança da barragem, em setembro de 2018. A companhia disse que não irá se pronunciar neste momento e que fornece todas as informações solicitadas pelas autoridades. .