Os equipamentos usados pela missão israelense ajudam o Corpo de Bombeiros no mapeamento dos locais de buscas. De acordo com o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, por meio dos dados dos aparelhos, foi possível identificar para onde a estrutura do refeitório foi arrastada. Funcionários estavam lá no momento em que a barragem da Mina Córrego do Feijão se rompeu. Corpos foram localizados e retirados.
As operações de buscas entraram no quinto dia. Desde 4h da manhã desta terça-feira, militares do Corpo de Bombeiros seguem os trabalhos, principalmente, em dois pontos: no segundo ônibus encontrado próxima a área administrativa da Vale e no local do refeitório, onde funcionários almoçavam no momento em que o mar de lama desceu. Neste ponto, a missão israelense também trabalha em conjunto com o Corpo de Bombeiros.
Ao todo, 290 militares estão empenhados nas ações. Destes, 120 são de Belo Horizonte. O restante dos bombeiros são de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Goiás, e Alagoas. “Continuamos com uma equipe grande na área do ônibus. O local é bastante difícil o acesso. Desde 4h, começamos a lançar as equipe no local e trabalhando em conjunto com os israelenses para a localização e identificação das vítimas do refeitório”, afirmou Aihara.
Exatamente neste ponto, os equipamentos dos israelenses estão ajudando nas ações. “Temos notícias positivas em relação a esses equipamentos. Eles têm uma espécie de drone ligados a satélites para mapear a área atingida. Os dados são enviados para Israel e de lá é possível fazer o georeferenciamento. Com isso, conseguimos identificar o local onde a estrutura do refeitório foi parar com o impacto. E já conseguimos fazer acesso ao local e fazer o resgate de corpos”, completou.
Números da tragédia
O novo balanço das autoridades de segurança responsáveis pelo resgate das vítimas da tragédia de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, mostra que ainda há 288 pessoas desaparecidas, sendo 114 funcionários da Vale e 174 terceirizados e moradores. Mesmo com resgate de corpos nesta terça-feira, o número de mortes não foi atualizado. Os óbitos continuam em 65.Problemas com drones
Os militares que estão nas buscas voltaram a ter problemas por causa da circulação de drones na área quente. “Hoje, um drone caiu dentro da área de busca. Ele não estava autorizado a sobrevoar o local. Se tivesse caído em um militar poderia causar lesões sérias”, alertou Aihara. Ele pede que os aparelhos não sejam utilizados na região onde há o trabalhos dos bombeiros.