Os depoimentos dos cinco presos no Ministério Publico de Minas Gerais, responsáveis pela segurança da barragem, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte já terminaram. Primeiro foram ouvidos os três engenheiros presos em Belo Horizonte, dois, Paulo César Paulumi Gradchef e Rodrigo Artur Gomes de Melo, e o de Nova Lima, Ricardo de Oliveira. Os dois que foram presos em São Paulo, André Yassada e Makoto Namba, foram ouvidos à tarde. Cada depoimento durou cerca de duas horas. No final da tarde eles foram levados para o Instituto Médico Legal (IML), para o exame de corpo delito.
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A tragédia de Brumadinho é motivo de revolta nos quatro cantos de Belo Horizonte. Onde quer que se vá, o assunto é um só: a Vale e as vitimas de Brumadinho. Nos bares por exemplo, a conversa em torno da cerveja com tira-gosto não é mais sobre futebol, mas sim o sobre o desastre ecológico e o fato de ser o segundo em três anos e ninguém ter feito nada. Uma mostra disso também foi visto ontem, com moradores dos dois prédios em frente ao Ministério Publico de Minas Gerais, gritando palavras de ordem. Quase sempre que um morador saia de carro, punha a cabeça pra fora e gritava: ora "justiça ", ora "cadeia", ora "monstros".