Em entrevista coletiva na noite desta terça-feira o presidente da Vale, Fabio Schvartsman, disse que vai desmontar todas as barragens parecidas com as de Brumadinho e Mariana, em Minas. A medida, segundo ele, fará com que a empresa deixe de produzir 40 milhões de toneladas de minério de ferro por ano.
“Resolvemos não aceitar apenas esses laudos e decidimos agir de outra maneira”, afirmou. Ainda de acordo come ele, a medida será tomada “no menor prazo que for tecnicamente possível”.
Na entrevista coletiva, o presidente da Vale disse que a medida afetará principalmente as minas e barragens que estão localizadas no estado. Sobre os funcionários desses locais que serão desativados, Fábio Schvartsman afirmou que o número chega a 5 mil, somando próprios e terceirizados, mas todos serão absorvidos em outras estruturas da empresa.
“Queremos encerrar de vez todas as dúvidas sobre os sistemas de segurança da Vale”, afirmou Fábio Schvartsman na coletiva.
A medida vai provocar a suspensão da operação no entorno de todas as barragens que se assemelham ao modelo operado nas duas barragens em Minas que resultaram em rompimento e desastres. O processo deve durar de um a três anos.
Para fazer o descomissionamento a Vale terá que investir cerca de R$ 5 bilhões. Com a medida, 10 barragens se encontram nessa situação e passarão pelo processo de descomissionamento.
A empresa vai verificar quais os processos e a forma que a legislação define para que esse tipo de processo se encontra. “Os projetos estão prontos e serão enviados aos órgãos responsáveis nos próximos 45 dias e após a concessão das licenças ambientais iniciaremos, imediatamente, o processo para que todas sejam descomissionadas”, afirmou.