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Estado de Minas

Não é momento de falar em encerramento das buscas, diz porta-voz dos Bombeiros

Até a manhã desta quarta-feira, 30, 276 pessoas ainda estavam desaparecidas e 84 mortes foram confirmadas


postado em 30/01/2019 08:37 / atualizado em 30/01/2019 23:17

Ver galeria . 5 Fotos De propriedade da mineradora Vale, a barragem 1, situada na mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, deixou pessoas mortas, desaparecidos e uma devastação ambientalTúlio Santos/EM/D.A Press
De propriedade da mineradora Vale, a barragem 1, situada na mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, deixou pessoas mortas, desaparecidos e uma devastação ambiental (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press )


Em entrevista à Rádio Eldorado nesta quarta-feira, 30, o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, disse que ainda está cedo para determinar uma data limite para o encerramento das buscas por vítimas do rompimento da Barragem 1, na última sexta-feira, 25, na Mina do Feijão, em Brumadinho, Minas Gerais.

De acordo com o tenente, o avanço na decomposição dos corpos pode fazer com que a operação de resgate seja encerrada, mas, segundo ele, ainda não é a hora. "Evidentemente chega um momento que pelo estado de decomposição dos corpos com a lama fica impossível encontrá-los, mas isso está associado a uma série de variáveis".

Aihara também explicou que o tempo de decomposição dos corpos varia de acordo com o estado em que eles se encontram, se estão diretamente na lama ou envoltos em alguma estrutura como, por exemplo, um ônibus.

"Nesse momento, que não é agora, essa operação tem que ser analisada, se ela tem que ser encerrada. Nesse tipo de tragédia a gente não trabalha com recuperação de 100% dos corpos. Embora seja o desejo, isso é impossibilitado pelas características físicas da situação".

Até a manhã desta quarta-feira, 30, 276 pessoas ainda estavam desaparecidas e 84 mortes foram confirmadas. Desde o último sábado, 26, um dia após a tragédia, não foi encontrada mais nenhuma pessoa com vida em meio à lama.

(foto: Jair Amaral/EM/DA Press)
(foto: Jair Amaral/EM/DA Press)


O tenente também afirmou que, embora seja remota a possibilidade de encontrar sobreviventes, o Corpo de Bombeiros trabalha com "esperança infinita e considerando todas as possibilidades".

Para isso, a corporação age em conjunto com as forças militares de Israel, que chegaram a Brumadinho no domingo, 27. Segundo Aihara, as equipes estão coordenadas e o efetivo israelense concentra a sua ação na área próxima ao refeitório da Vale, onde centenas de pessoas almoçavam quando a barragem se rompeu.

Até o momento, estão envolvidos na operação 280 bombeiros, sendo 220 de Minas Gerais e o restante dos Estados do Espírito Santo, Goiás, Santa Catarina e São Paulo. O tenente também declarou que reforços de agentes, cães e apoio aéreo de outros Estados chegarão nesta quarta-feira a Brumadinho.


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