Prefeituras de Minas Gerais resolveram acatar a recomendação da Associação Mineira de Municípios (AMM) para iniciar o ano letivo somente após o carnaval. Diversas regiões já oficializaram a decisão. O argumento é o atraso nos repasses por parte do governo estadual.
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Sobre o prejuízo para os alunos, as prefeituras alegam que pior seria reabrir as escolas sem ter dinheiro para pagar funcionários, fornecedores e custear serviços como o da merenda. "Essa é uma decisão política e econômica", diz o presidente da Amvap e prefeito de Canápolis (MG), Ualisson Carvalho Silva.
"Não adianta iniciar as aulas e não conseguir dar continuidade logo mais. O que buscamos é qualidade no ensino sem aulas interrompidas lá na frente", justifica.
Outros municípios
No norte de Minas, em reunião na última sexta-feira, 25, os municípios também decidiram reiniciar as aulas em março - isso se o governo regularizar o repasse do Fundo de Desenvolvimento e Manutenção do Ensino Básico (Fundeb) e do transporte escolar. Caso contrário, os alunos voltarão às escolas apenas em abril.
A decisão de adiar as aulas para depois do carnaval também já foi referendada por municípios de regiões como o noroeste mineiro e o Médio São Francisco. Mas em algumas localidades foi definida uma data alternativa. É o caso de Juiz de Fora, que de 7 de fevereiro, mudou para 18 de fevereiro o início do ano letivo. A prefeitura tem R$ 200 milhões em atraso.
Prazo
O governo divulgou comunicado para dizer que na rede estadual "em respeito a toda comunidade escolar" está mantido "o início do ano letivo de 2019 no dia 7 de fevereiro". Alega ainda que "para garantir o funcionamento das escolas neste início de ano e honrar com seus compromissos" repassou R$ 48,7 milhões para a educação.
"Além disso, esta gestão regularizou os repasses do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) do exercício do ano 2019", diz.
O governador Romeu Zema (Novo), em reunião com representantes de prefeituras em Varginha na última quinta-feira, 24, prometeu regularizar os repasses até o início de fevereiro.