A reportagem do em.com.br conversou com o embaixador de Israel no Brasil, Yossi Shelley, com exclusividade, nesta quarta-feira. De acordo com ele, ainda não há uma data definida para que os militares estrangeiros retornem ao país do Oriente Médio. “Estamos indo para a zona quente para ver o quanto avançou a buscas pelos corpos. Também veremos com a delegação brasileira quanto tempo ficaremos aqui”, afirmou Shelley.
Nesta quarta, os militares israelenses se dedicaram à área administrativa da Vale. Ao lado do Corpo de Bombeiros, eles se concentraram, principalmente, nas imediações do refeitório da mineradora, onde diversas pessoas almoçavam quando a barragem se rompeu. Lá, 10 corpos já foram encontrados.
Com eles, veio uma tecnologia de ponta com a chancela de uma das maiores potências bélicas do planeta: sonares capazes de detectar o que é lama e o que é rejeito em uma profundidade de até cinco metros. Para alcançar melhores resultados, se recolheu uma amostra da lama.
Os israelenses trouxeram, ainda, equipamentos modernos para rastreamento, com capacidade de captação de imagens e detectores de vozes e ecos. Todo o aparato, contudo, precisou ser regulado de acordo com as especificações da tragédia, inclusive com a falta de estrutura das zonas quentes concentradas justamente na zona rural de Brumadinho.
Os equipamentos fazem parte do inventário de 16 toneladas trazido pelo país do Oriente Médio ao território brasileiro. Eles chegaram ao Brasil na noite de domingo, mas começaram a atuar na cidade mineira somente na tarde de segunda-feira.