A mineradora Vale apresentou hoje (30) ao Ministério Público e aos órgãos ambientais o plano para conter os rejeitos que vazaram da Barragem I, da Mina de Córrego do Feijão, na última sexta-feira, (25). A área impactada foi dividida em três trechos, onde serão feitas diferentes medidas de contenção e recuperação.
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Os técnicos vão instalar hoje barreiras de retenção ao longo desse trecho do Rio Paraopeba. A técnica utiliza uma membrana no leito do rio, que tem como objetivo buscar reter os sedimentos. Existe a possibilidade de usar floculante, produto químico usado para aglutinar os finos e, assim, facilitar a retirada do material do rio, mas a ação depende da aprovação dos órgãos ambientais.
O sistema de captação de água de Pará de Minas, no Rio Paraopeba, será protegido por três barreiras de retenção. São 115 quilômetros de distância entre a captação do município e a Barragem 1, que se rompeu.
Monitoramento
Ao longo do Rio Paraopeba até a foz do Rio São Francisco foram instalados 45 pontos de monitoramento, com coletas diárias de água e de sedimentos para análises químicas. Em outros quatro pontos, é feita análise de turbidez a cada hora.
O rejeito que vazou da Barragem 1 está concentrado no córrego Feijão e Carvão e na sua confluência com o Paraopeba.
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