Brumadinho - Cerca de 15 mil moradores da zona rural de Brumadinho estão "ilhados" desde a última sexta-feira, quando a barragem da Vale, em Córrego do Feijão, se rompeu deixando dezenas de mortos e desaparecidos. Segundo o prefeito Neném da Asa (PV), esse número corresponde a 40% da população. A situação é tão complicada que se não houver a liberação de duas estradas, será preciso adiar o início das aulas da próxima segunda-feira (4) para o dia 11 de fevereiro.
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Corpo é achado fora da 'área quente'; número de mortos chega a 100 em BrumadinhoIsraelenses fazem compras no Shopping CidadeRainha Elizabeth divulga mensagem de apoio às vítimas de Brumadinho Sobe para 57 o número de animais resgatados em BrumadinhoNúmero de desaparecidos em Brumadinho cai para 257; mortos são 99Bolsonaro agradece, no Twitter, atuação das tropas israelenses em BrumadinhoVídeo mostra desespero de funcionários da Vale na hora do estouro da barragemO prefeito também falou da situação de dificuldade financeira do município. Segundo Neném dava se a vale não continuar pagando os impostos como prometeu Brumadinho pode ficar sem ter como executar serviços básicos.
O prefeito pediu que parte das multas aplicadas pelo governo do estado e pelo Ibama à Vale seja revertida para o município Brumadinho.
De acordo com o prefeito, cerca de 40% da arrecadação de Brumadinho vem da compensação financeira pela exploração do minério. A estimativa é que este valor seja de cerca de R$ 5,5 milhões por mês.
Pessoas vivas Apesar de os bombeiros falarem em chances mínimas, o prefeito Neném da Asa disse nesta quinta-feira acreditar que vítimas do rompimento da barragem ainda possam ser encontradas com vida. " Nestes 7 km de extensão da barragem até a lama cair no Paraopeba pode ter gente que foi jogada para as margens. Acredito que ainda tenha gente com vida", disse. O prefeito ressaltou que a prioridade no momento são esses resgates.
Neném da Asa voltou dizer que a fale falhou com a barragem. O prefeito afirmou que a fiscalização é atribuição federal a licença vem do estado, mas que cobrou da Vale a garantia de segurança Córrego do Feijão, justamente por causa do que ocorreu em Mariana..