Uma alta concentração de metais pesados no Rio Paraopeba, após o rompimentos da barragem de rejeitos de minérios B1 do Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A contaminação foi confirmada em boletim divulgado pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) sobre o monitoramento da qualidade da água do rio, realizado pelo órgão, juntamente com Agência Nacional de Águas (IGAM), Serviço Geológico do Brasil (CPMR) e a Copasa, desde o desastre, ocorrido sexta-feira passada.
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“O contato eventual não causa risco de morte. E para os bombeiros, que têm trabalhado em contato mais direto com o solo, a orientação da Saúde é para que utilizem todos os equipamentos de segurança”, orienta a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
A Agência Nacional de Águas informou que, também por meio de nota, que no monitoramento realizado pelo IGAM, após o desastre de Brumadinho, “evidenciou a presença de metais em concentração superiores àquelas estabelecidas nas regras de enquadramento do rio”.
De acordo com o último boletim do IGAM, divulgado quarta-feira à noite, foram observadas maiores concentrações de chumbo total e mercúrio total na estação de captação da Copasa em Brumadinho (a 19,7 quilômetros da barragem) e em outro ponto, Fecho do Funil (a 24,2 quilômetros do local do desastre), no sábado, dia posterior à tragédia. As concentrações dos dois metais constadas foram “21 vezes o valor do limite de classe”, diz o resultado da análise feita pelo Instituto.
Por outro lado, a Agencia Nacional de Águas informou que a análise feita pelas entidades estaduais e federais que monitoram a qualidade da água no Rio Paraopeba “aponta o decaimento da concentração” dos metais pesados no manancial .