O presidente da Vale, Fábio Schvartsman, afirmou nesta quinta-feira, após participar de reunião com a procuradora-geral da República, Raquel Roque, que os executivos da empresa não temem serem presos. Em resposta aos jornalistas que aguardavam por ele, Schvartsman, afirmou que “não tem motivos para temer a prisão de executivos da empresa”.
O presidente da Vale também foi perguntado sobre possível falha no momento na sirene que não teria tocado e, por consequência, não alertou sobre o rompimento da barragem. “A sirene foi engolfada pela barragem antes que ela pudesse tocar”, afirmou, acrescentando que todo o processo ocorreu de maneira muito rápida e fora do "usual".
Ainda de acordo com o presidente da Vale, a intenção agora é fechar acordos para que as indenizações possam ser pagas o mais rápido possível, inclusive, com acordos extrajudiciais que permitam dar celeridade ao pagamento das indenizações.
“Estamos preparados para abdicar de ações judiciais. Queremos fazer acordos extrajudiciais, buscando assinar com a maior celeridade possível um acordo com as autoridades de Minas Gerais que permitam que a Vale comece a fazer frente, imediatamente, a esse processo indenizatório”, declarou.
Schvartsman disse ainda que a empresa, neste momento, não está se preocupada com as indenizações e que o valor “será o que tiver de ser”.
“O valor dos acordos é o valor que tiver que ser, não existe um valor definido, vai ser aquilo que for necessário. Quando for definido a extensão das vítimas o valor será decorrente disso”, declarou.