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Estado de Minas

Tragédia em Brumadinho: 'Buscas entram em uma fase mais difícil', diz tenente dos Bombeiros

Agora, será preciso fazer escavações, o que vai demandar mais tempo nas ações. O número de mortes chegou a 110 nesta quinta-feira


postado em 31/01/2019 20:11 / atualizado em 31/01/2019 20:30

(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press.)
(foto: Tulio Santos/EM/D.A Press.)

A operação de busca por vítimas da tragédia de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, já está em seu sétimo dia. Porém, a dificuldade maior será agora. É o que afirma o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros. Segundo ele, os corpos que estavam na superfície já foram resgatados. Agora, será preciso fazer escavações, o que vai demandar mais tempo nas ações.

Os trabalhos nesta quinta-feira aconteceram em 18 pontos de atenção. Mais corpos foram retirados da lama. Principalmente na região do refeitório, onde havia um grande número de pessoas no momento do rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão.

Devido a característica da lama, que vai se secando com o passar dos dias, os trabalhos ficam mais difíceis. Para o Corpo de Bombeiros, a etapa mais crítica ainda está por vir. “Neste momento, a gente entra em uma fase um pouco difícil da operação, considerando que a maioria dos corpos que estavam em localidades superficiais, já foram encontrados. Então, agora, os corpos que serão localizados, a maioria deles demanda trabalhos de escavação, estabilização do terreno para acesso a esses corpos”, explicou o tenente Pedro Aihara.

Segundo o tenente, os avanços das equipes devem ser mais lento nos próximos dias. Nos próximos dias, com certeza o número de corpos aumentará. Entretanto, a velocidade de avanço talvez se diminua um pouco, considerando que o trabalho agora é muito mais minucioso e demanda uma atuação bem mais detalhada”, afirmou.

Grande operação


Desde sexta-feira, quando aconteceu o rompimento da barragem, as aeronaves que estão na cidade fizeram 424 missões. “Voaram 228 horas de voo, o que demonstra a magnitude da missão. Certamente, junto com Mariana, é a maior operação de resgate de recuperação feita até hoje em Minas Gerais”, afirmou Aihara.

Barragem em segurança


A barragem B6, que reserva água, continua sendo monitorada. Segundo os órgãos de segurança que estão na cidade, ela não oferece risco de rompimento. “O fator de segurança dela, inclusive, já foi aumentado. A operação de bombeamento continua. Nós continuamos com a preocupação com a barragem considerando que há a possibilidade de chuva. Mas, considerando a própria situação de bombeamento que avança bastante, ela coloca uma situação muito mais segura a todas pessoas que estão nos arredores”, explicou Aihara.

Tragédia em Brumadinho


Os números da tragédia de Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, voltaram a ser atualizados no fim da tarde desta quinta-feira. De acordo com as autoridades de segurança que participam da operação para encontrar as vítimas do rompimento da barragem Mina do Córrego do Feijão, confirmaram a morte de 110 pessoas. Outras 238 continuam desaparecidas. Identificadas 71 pessoas.


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