A terra voltou a tremer em Montes Claros, no Norte de Minas, na noite desta quinta-feira. O tremor, sentido pelos moradores às 22h01, foi de 1,4 graus na Escala Ricther, de acordo com os registros do Observatório Sismológico da Universidade de Brasilia (UnB) e da estação sismográfica da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). O abalo, considerado leve, não causou danos, mas assustou a população. Muitos moradores relataram o episódio em postagens nas redes sociais.
O Corpo de Bombeiros de Montes Claros informou que recebeu 16 chamadas, mas não foram constatados danos. A maioria das ligações partiu dos bairros Santos Reis e Edgar Pereira, mais próximos ao epicentro do abalo, que seria a Vila Atlântica. Porém, moradores de outros mais distantes da Vila Atlântica, como o Delfino Magalhães (região Nordeste da cidade) também relataram que sentiram o chão balançar.
Nas redes sociais, também houve muitos relatos de que cães ficaram assustados com o “estrondo” provocado pelo fenômeno. De acordo com os especialistas, esse tipo de reação dos animais existe porque os cães têm audição mais apurada do que os humanos.
O Observatório Sismológico da Universidade de Brasilia registrou nos últimos dias vários tremores de terra em Minas Gerais, mas todos de magnitude relativamente baixa, sem a capacidade de causar danos à população. Somente na quarta-feira foram três abalos sísmicos no território mineiro: em Santa Bárbara/Região Central (2.3 graus na Escala Richter), Águas Vermelhas/Norte de Minas (2.0) e em Paracatu/Noroeste do estado (1.7 graus na Escala Richter). Na quinta-feira, também no Norte do estado, houve o registro de uma abalo de 2.1 graus na Escala Richter em São Joao da Lagoa, distante 60 quilômetros de Montes Claros.
Na mesma região, em 21 de janeiro passado um tremor de 2,59 graus na Escala Richter assustou moradores de Bonito de Minas. O susto maior foi entre moradores de comunidades rurais do município, sendo que em uma delas, o abalo sísmico derrubou uma casa de curral de uma fazenda, mas sem provocar ferimentos nas pessoas e nos animais.
Leia Mais
'Ela está viva, graças a Deus': policial militar fala sobre resgate de mulher em BrumadinhoEstudo de 2010 sugeria medidas corretivas para barragem da Vale em BrumadinhoDom Walmor pede punição aos "agentes da catrástrofe' em BrumadinhoTerra volta a tremer no interior de Minas GeraisHomem faz festinha com mais três pessoas em motel e foge sem pagar a contaNas redes sociais, também houve muitos relatos de que cães ficaram assustados com o “estrondo” provocado pelo fenômeno. De acordo com os especialistas, esse tipo de reação dos animais existe porque os cães têm audição mais apurada do que os humanos.
O Observatório Sismológico da Universidade de Brasilia registrou nos últimos dias vários tremores de terra em Minas Gerais, mas todos de magnitude relativamente baixa, sem a capacidade de causar danos à população.
Na mesma região, em 21 de janeiro passado um tremor de 2,59 graus na Escala Richter assustou moradores de Bonito de Minas. O susto maior foi entre moradores de comunidades rurais do município, sendo que em uma delas, o abalo sísmico derrubou uma casa de curral de uma fazenda, mas sem provocar ferimentos nas pessoas e nos animais.
OUTROS EPISÓDIOS Montes Claros tem um histórico de tremores de terra. A população local viveu uma “onda” de três anos sucessivos – 2011, 2012 e 2103 de registros de abalos. O maior deles, de 4.2 graus na escala Richter, ocorrido em 19 de maio de 2012, atingiu cerca de 60 casas, sendo que oito delas foram interditadas na região da Vila Atlântica.
Estudos do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília (UnB) e da Universidade de São Paulo (USP) apontaram como causa dos fenômenos uma falha geológica de 2 quilômetros de extensão situada uma profundidade de 1 a 2 quilômetros, próximo da área urbana do município (entre a Vila Atlântica e o Parque Estadual da Lapa Grande).
Em março de 2013, Montes Claros recebeu a visita de uma missão japonesa, que deslocou até a cidade mineira para orientar os moradores sobre a prevenção de desastres e sobre as medidas devem ser adotadas para prevenir dandos quando ocorrem abalos sísmicos. A delegação foi integrada por especialistas do Centro de Pesquisas e Mitigação de Desastres da Universidade de Nagoya.
Antes desta quinta-feira, o último tremor sentido pelos moradores tinha sido registrado em setembro de 2017, com magnitude de 2.2. De acordo com o analista de sismologia da Unimontes, Maykon Fredson Freitas, durante o ano de 2018, foi registrado no município apenas um abalo, de 1.0 na Escala Richter, magnitude considerada baixa, praticamente imperceptível pela população.
.