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Estado de Minas

Lama chegou a 114km/h logo após o rompimento da barragem; veja vídeo

Imagens mostram momento exato em que a estrutura se fragmentou no último dia 25


postado em 01/02/2019 16:20 / atualizado em 01/02/2019 16:39

Barragem da Vale em Brumadinho se rompeu no último dia 25, precisamente às 12h28(foto: Tulio Santos/EM)
Barragem da Vale em Brumadinho se rompeu no último dia 25, precisamente às 12h28 (foto: Tulio Santos/EM)

Por meio de imagens que a Vale cedeu a autoridades, é possível averiguar que a velocidade da lama e dos rejeitos da barragem que se rompeu em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, era de 114km/h no começo do trajeto. A avalanche atinge uma pequena lagoa em 13 segundos, percorrendo 413 metros dentro do pátio da empresa. Em seguida, a velocidade se reduz em função de barreiras como árvores e construções.


Divulgada pela TV Globo, a primeira parte do vídeo acima, mostra o momento exato do rompimento da barragem I da mina Córrego do Feijão e registra o caminho inicial do mar de lama sobre árvores e construções da Vale. O segundo trecho foi exibido pela TV Band. As imagens foram capturadas por uma câmera fixa no alto de um guindaste e mostram a tentativa de fuga de pessoas da área atingida em um carro e uma caminhonete. Os veículos, entretanto, desaparecem.

‘Foi como uma bala perdida’


Procurado pelo Estado de Minas, o ex-pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e atual professor da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), Carlos Barreira, analisou as imagens. Segundo ele, uma avaliação apenas dos vídeos não permite precisar as razões do rompimento. É necessário, ainda, um estudo sobre dados mais específicos da barragem.

“Não tenho acesso aos dados de monitoramento, mas aparentemente colapsou sem das aviso. Então, mesmo que tivesse disparado sirene, ia pegar todo mundo no meio. É como se fosse uma bala perdida. Muito rápido”, avaliou Barreira.

De acordo com o pesquisador, a Vale pecou ao manter estruturas administrativas e o refeitório tão próximas da barragem, uma região considerada de risco. Segundo Barreira, a mineradora poderia, também, apresentar um sistema de prevenção mais eficiente. “O que a Vale poderia ter feito? Um sistema de monitoramento mais apurado, mais sofisticado”, completou.


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