Um riacho delicado de água cristalina, onde era possível pescar piabas e nadar numa pequena cachoeira de 4 metros de altura. No entorno, remanescentes de mata atlântica.
As fotos - Veja galeria ao fim da matéria - do que era o Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Grande BH, não lembram em absolutamente nada o lamaçal com mais de oito metros de profundidade em que a região se transformou. Tudo foi destruído no dia 25, depois do rompimento da Barragem da Vale.
Do terreno do empresário Mário Lúcio Fontes, de 64 anos, não é possível reconhecer mais a paisagem que motivou o empresário a comprar o sítio há 33 anos na região do Parque da Cachoeira, onde pelo menos 12 casas estão debaixo da terra.
"Era tudo planta. A gente nadava no corguinho, pegava piava. Criei minha quatro filhas aqui. No último domingo, antes da tragédia, fui lá com meu neto", conta. Um pequeno bananal, com estradinha íngreme e árvores frutíferas já não existem mais.
Mário Lúcio já emagreceu quatro quilos desde o dia 25, dorme a base de remédios e perdeu as contas de quantos amigos morreram.
A casa dele, no limite da área de interdição, foi o primeiro ponto de apoio para a busca de sobreviventes. No quintal, encontraram cinco corpos.
A tranquilidade que veio buscar na vida no interior já não existe mais. "No dia que a outra barragem estava ameaçada, tiveram uns aproveitadores que tentaram assaltar a minha casa", conta. Agora, há policiamento 24h na residência. Muitos curiosos continuam a rondar o imóvel.
A esposa dele, Sandra, de 59 anos, está a com o neto e a mãe em casa e escutou um barulho ensurdecedor. Na mesma hora, foi acolher vizinhos que tiveram as casas soterradas. Um deles, seu Manoel, morreu.
Mário Lúcio nunca se preocupou com a barragem até oito meses atrás, quando funcionários da Vale vieram fazer medições de topografia e altimetria, além do cadastro sócio-econômico da família. Também tiraram fotos da casa.
"Foi quando instalaram a sirene aqui perto, que, inclusive, não tocou na hora do rompimento", diz. Apesar do equipamento, a família nunca recebeu orientações sobre como agir em casos de emergência.
As fotos foram tiradas no fim de semana anterior ao desastre e são da região do Parque da Cachoeira, na zona rural de Brumadinho.
As fotos - Veja galeria ao fim da matéria - do que era o Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Grande BH, não lembram em absolutamente nada o lamaçal com mais de oito metros de profundidade em que a região se transformou. Tudo foi destruído no dia 25, depois do rompimento da Barragem da Vale.
Do terreno do empresário Mário Lúcio Fontes, de 64 anos, não é possível reconhecer mais a paisagem que motivou o empresário a comprar o sítio há 33 anos na região do Parque da Cachoeira, onde pelo menos 12 casas estão debaixo da terra.
"Era tudo planta. A gente nadava no corguinho, pegava piava. Criei minha quatro filhas aqui. No último domingo, antes da tragédia, fui lá com meu neto", conta. Um pequeno bananal, com estradinha íngreme e árvores frutíferas já não existem mais.
Mário Lúcio já emagreceu quatro quilos desde o dia 25, dorme a base de remédios e perdeu as contas de quantos amigos morreram.
A casa dele, no limite da área de interdição, foi o primeiro ponto de apoio para a busca de sobreviventes. No quintal, encontraram cinco corpos.
A tranquilidade que veio buscar na vida no interior já não existe mais. "No dia que a outra barragem estava ameaçada, tiveram uns aproveitadores que tentaram assaltar a minha casa", conta. Agora, há policiamento 24h na residência. Muitos curiosos continuam a rondar o imóvel.
A esposa dele, Sandra, de 59 anos, está a com o neto e a mãe em casa e escutou um barulho ensurdecedor. Na mesma hora, foi acolher vizinhos que tiveram as casas soterradas. Um deles, seu Manoel, morreu.
Mário Lúcio nunca se preocupou com a barragem até oito meses atrás, quando funcionários da Vale vieram fazer medições de topografia e altimetria, além do cadastro sócio-econômico da família. Também tiraram fotos da casa.
"Foi quando instalaram a sirene aqui perto, que, inclusive, não tocou na hora do rompimento", diz. Apesar do equipamento, a família nunca recebeu orientações sobre como agir em casos de emergência.
As fotos foram tiradas no fim de semana anterior ao desastre e são da região do Parque da Cachoeira, na zona rural de Brumadinho.