Os municípios que estão situados ao longo do Rio Paraopeba já sofrem os impactos da poluição do manancial causada pelo mar de lama que vazou da barragem B1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A prefeitura de Pará de Minas, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, decretou situação de emergência. A administração municipal alega que o afluente é a principal fonte de captação de água na cidade. Veja quem são as vítimas da tragédia de Brumadinho
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Mais três corpos são resgatados da lama em BrumadinhoArticulação internacional critica 'falta de transparência' da Vale em BrumadinhoEstudo da Fiocruz alerta para surto de doenças em BrumadinhoProjeto de lei prevê isenção de imposto de doações para famílias da tragédia de BrumadinhoPopulação procura lugares altos para observar impactos da tragédia de BrumadinhoCarro é encontrado no Rio Paraopeba, em BrumadinhoCamareira vítima de tragédia de Brumadinho é sepultadaO decreto da Prefeitura de Pará de Minas foi assinado nessa segunda-feira. No documento, a administração municipal lembra o período crítico no abastecimento que a cidade viveu entre 2013 e 2016. A solução para o problema foi justamente a captação de água no Rio Paraopeba.
A prefeitura afirma que está recebendo informações sobre o desastre apenas por meio da imprensa e também ressaltou que poderá ter problemas econômicos. “A contaminação do Rio Paraopeba e seus mananciais e afluentes além do prejuízo direto consistente no desabastecimento da população, pode impactar diretamente na produção agrícola do município, notório produtor de frangos e suínos no estado, com agricultura pujante e composta ainda por inúmeros pequenos produtores e produtores familiares”, disse.
A administração completou, ainda, que a região do rio é cercada por plantações agrícolas, com real risco de prejuízo para a saúde e comprometimento do abastecimento de água e alimentos da cidade.
Medidas
Com o decreto, a prefeitura autorizou a mobilização de todos o órgãos municipais para atuarem sob a coordenação da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, “nas ações de resposta ao desastre e reabilitação do cenário e reconstrução”. Autoriza, ainda, a contratação de voluntários, desapropriação de propriedades particulares localizadas em áreas de intenso desastre.
Foi determinado, também, a criação de um Comitê Municipal de Gestão e Avaliação de Desastre.