A terceira membrana de contenção instalada no Rio Paraopeba, a fim de proteger o sistema de captação de água de Pará de Minas, entrou em operação nesta terça-feira. O município fica localizado a cerca de 80 quilômetros de Brumadinho, onde houve o rompimento da Barragem de Córrego do Feijão.
Outras duas barreiras foram colocadas no último fim de semana. A iniciativa é uma medida preventiva e faz parte do plano apresentado pela empresa mineradora Vale ao Ministério Público e aos órgãos ambientais, que vai garantir o abastecimento contínuo da região de Pará de Minas.
De acordo com a Vale, 46 pontos ao longo do Rio Paraopeba até a foz do Rio São Francisco são monitorados. São realizadas diariamente coleta da água e de sedimentos que são enviadas para análise química.
Entenda como funciona a barreira
A barreira de contenção instalada tem 50 metros de comprimento e profundidade de dois a três metros. A estrutura funciona como um tecido filtrante, evitando a dispersão das partículas sólidas (argila, silte, matéria orgânica etc), que provocam a turbidez da água e alteram sua transparência.
Para manter a verticalidade das cortinas antiturbidez, há correntes metálicas na borda inferior (na parte imersa), onde são acoplados pesos, não permitindo que o fluxo do rio faça a cortina subir até a superfície da água. Já o elemento flutuante utilizado é uma boia cilíndrica, que pode ser utilizada para conter o avanço de elementos suspensos na água.
* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie.