Os prefeitos dos municípios que têm a mineração como fonte de sustentação dos cofres municipais e de empregos para a população reclamam da falta de diálogo com a Vale sobre a paralisação das reservas operadas pela companhia na Região Central do estado, onde serão desativadas 10 barragens construídas no mesmo modelo da estrutura que se rompeu na Mina Córrego do Feijão. O anúncio da suspensão das atividades, feito sem comunicação da empresa às prefeituras, gerou perplexidade, segundo a Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig).
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“Existem sim alternativas para que as operações não sejam paralisadas. O grande medo das empresas é que isso represente custos para elas”, afirma Salvador. A Amig ainda não tem uma estimativa sobre o prejuízo que as cidades terão sem a receita dos royalties e o impacto da paralisação nos tributos.
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