A sexta-feira também começou com alerta de risco por conta de uma barragem da ArcelorMittal em Itatiaiuçu, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Moradores da comunidade de Pinheiros precisaram deixar suas casas ainda na madrugada.
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“Em Itatiaiuçu a barragem foi elevada ao nível 2 de risco, e nesse nível há necessidade de evacuação. Técnicos vão fazer todas as medidas, todos os laudos, e se voltar para nível 1, elas voltam para as residências. Se continuar no nível 2, elas permanecem nos hotéis”, disse o coronel Godinho.
Siderúrgica justifica evacuação
A ArcelorMittal diz que foram realizadas uma inspeção e uma auditoria das barragens em decorrência dos últimos casos envolvendo o setor de mineração do país. “Empregando uma metodologia mais conservadora, a auditoria independente responsável pela declaração de estabilidade revisou o último relatório e adotou para a barragem um Fator de Segurança (Factor of Safety ou FoS) mais restritivo”, diz a empresa.
“A ação segue a atualização de uma avaliação feita no local, contratada pela ArcelorMittal Mineração e realizada por auditoria independente. A avaliação incluiu testes de stress feitos na barragem de Serra Azul, a partir de dados e aprendizado decorrentes dos eventos da barragem do Feijão, em Brumadinho. Baseado na variação do fator de segurança, a decisão tomada foi de evacuar todos os residentes enquanto testes adicionais estarão sendo tomados e qualquer medida de mitigação possa ser implementada. O trajeto histórico a ser seguido pelo fluxo, em caso de colapso, avaliado quando a barragem estava ativa, era de aproximadamente de quatro a cinco quilômetros”.
“A ação segue a atualização de uma avaliação feita no local, contratada pela ArcelorMittal Mineração e realizada por auditoria independente. A avaliação incluiu testes de stress feitos na barragem de Serra Azul, a partir de dados e aprendizado decorrentes dos eventos da barragem do Feijão, em Brumadinho. Baseado na variação do fator de segurança, a decisão tomada foi de evacuar todos os residentes enquanto testes adicionais estarão sendo tomados e qualquer medida de mitigação possa ser implementada. O trajeto histórico a ser seguido pelo fluxo, em caso de colapso, avaliado quando a barragem estava ativa, era de aproximadamente de quatro a cinco quilômetros”.
A produtora de aço ressalta que a medida é “puramente de precaução”, pois a comunidade fica a 5 quilômetros de distância da comunidade e ressalta que os moradores permanecerão acomodados em novos locais enquanto os testes adicionais estão em andamento e “até que a segurança da barragem de rejeitos possa ser 100% garantida”. Clique aqui para ler o posicionamento na íntegra.
Barão de Cocais
Na cidade da Região Central de Minas, 500 famílias tiveram que deixar as comunidades de Socorro, Tabuleiro e Piteira e seguir para um ginásio após as sirenes de emergência de uma barragem da Vale dispararem por volta da 1h.
Segundo a mineradora, responsável pela barragem que se rompeu em Brumadinho, na Grande BH, a decisão é preventivas e ocorreu após a consultoria Walm negar a Declaração de Condição de Estabilidade à estrutura.
“Como medida de segurança, a Vale está intensificando as inspeções da barragem Sul Superior. Também será implantado equipamento com capacidade de detectar movimentações milimétricas na estrutura. A Vale está trazendo consultores internacionais para fazer nova avaliação da situação no próximo domingo”, informou a empresa por meio de nota enviada nesta madrugada.
“Como medida de segurança, a Vale está intensificando as inspeções da barragem Sul Superior.