A ArcelorMitatal Mineração Brasil prometeu, em entrevista coletiva no início da tarde desta sexta-feira, dar novas casas à população da comunidade de Pinheiros, em Itatiaiuçu, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, após evacuar 55 famílias de seus domicílios nesta madrugada. A retirada das pessoas se deu, pois a mineradora mudou a classificação de risco da barragem de rejeitos da Mina Serra Azul, que está desativada desde 2012. De acordo com o presidente da empresa, Sebastião Costa Filho, a barragem passou do estágio 1 para o 2, levando em consideração critérios que não eram observados antes do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, também na Grande BH.
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Se romper, barragem em Itatiaiuçu pode atingir a BR-381 e o Rio MansoApós alerta de barragem, moradora de Itatiaiuçu tem medo de voltar para casaMoradores de Itatiaiuçu são retirados de casa por risco em barragemMinistério Público em Nova Lima denuncia riscos de barragens na Grande BH O mapa do medo: 13 cidades mineiras vizinhas a represas de rejeitosMegaempreendimento da Vale: 'Se arrebentar, acaba com Itabirito', diz morador Moradores de Barão de Cocais e Itatiaiuçu não têm previsão para retornarem às suas casas'Estamos fugindo da morte': risco de rompimento de barragem faz moradores buscarem novos laresAinda segundo os gestores da empresa, a barragem da Mina Serra Azul tem 5,8 milhões de metros cúbicos de rejeitos. A empresa se preparava para iniciar a retirar finos de minério armazenados no reservatório e já possuía as devidas licenças para as atividades. Segundo o gerente-geral de estudos técnicos da mineradora Cláudio Reis Souza.
Durante a entrevista coletiva, os executivos também foram questionados sobre a evacuação dos moradores durante a madrugada, o que gerou pânico na população local. Sebastião Costa Filho explicou que a partir do momento que a empresa recebeu a informação da mudança do estágio dae segurança da barragem, todo o protocolo foi acionado para a comunicação das autoridades responsáveis. Como Polícia Militar (PM), Corpo de Bombeiros, e Defesa Civil de Minas Gerais.
O capitão Herbert Aquino, da Defesa Civil de Minas, disse que, quando se trata de segurança, não existe horário. Por isso, o trabalho começou a ser feito imediatamente após reunidas todas as condições para se efetuar a evacuação, segundo ele.