Após a Vale aumentar o nível de risco de rompimento a barragem sul superior da Mina Gongo Soco, em Barão de Cocais, na Região Central do estado, o Ministério Público de Minas Gerais recomendou à mineradora que retire todos os animais da área que possivelmente seria afetada pelos rejeitos. Por se tratar de uma recomendação, a Vale pode não acatar o pedido do órgão.
No texto, o MP pede para que a Vale elabore, em no máximo três horas, um plano emergencial que contemple ações de localização, resgate e cuidado dos animais domésticos e silvestres da região. A orientação foi assinada por volta das 16h desta sexta-feira e, portanto, o limite da mineradora para finalizar o plano seria às 19h.
O órgão recomenda à Vale que monte uma equipe técnica, preferencialmente habilitada em manejo etológico - ciência que estuda o comportamento animal - para realizar os socorros. Além disso, é solicitado que a mineradora disponibilize equipamentos, maquinários, veículos (aéreos ou terrestres) e suprimentos necessários para as atividades.
Para facilitar os resgates com as possíveis localizações dos animais, o MP orienta a Vale realizar uma entrevista com a identificação de todos os moradores desalojados da área de risco e sua declaração acerca da quantidade de animais por eles tutelados, espécie e local onde eles estavam antes da evacuação.
Os animais resgatados que não tiverem tutores deverão ser mantidos em abrigo que assegure condições de bem-estar. Lá, eles deverão ter acesso à água, alimento e cidados veterinários.
Por fim, o órgão pede que a mineradora, em até 12h, envie as informações sobre o plano de resgate ao promotores.
*Estagiário sob supervisão da subeditora Ellen Cristie