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Estado de Minas

Veterinários ainda aguardam liberação da Defesa Civil para resgatar animais em Barão de Cocais

Cães, gatos, aves, cavalos e bois estão nas áreas evacuadas na madrugada dessa sexta-feira e não se alimentam há mais de 24 horas. Caminhão de ração já foi enviado ao local pela Vale


postado em 09/02/2019 10:35 / atualizado em 09/02/2019 11:46

 

Três comunidades de Barão de Cocais, entre elas a de Socorro, tiveram que ser evacuadas durante a madrugada em razão do risco iminente de rompimento da Barragem Sul Superior da Mina Congo Soco, da Vale (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Três comunidades de Barão de Cocais, entre elas a de Socorro, tiveram que ser evacuadas durante a madrugada em razão do risco iminente de rompimento da Barragem Sul Superior da Mina Congo Soco, da Vale (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

Barão de Cocais – Como se não bastasse ter que deixar as casas às pressas durante a madrugada em razão do risco de rompimento da Barragem Sul Superior da Mina Congo Soco, várias famílias de Barão de Cocais, na Região Central de Minas, tiveram que deixar para tras seus animais de estimação. E ainda não sabem quando eles vão poder ser resgatados.


Médicos veterinários da Brigada Animal foram deslocados para a cidade nessa sexta-feira, mas ainda aguardam a liberação da Defesa Civil para resgatar cães, gatos, aves, porcos, cavalos e bois.

 “É um procedimento burocrático por conta do risco iminente de ruptura. A nossa missão é salvar a vida, mas a gente tem que ter uma certa precaução com a nossa. A gente só vai começar a agir com autorização dos órgãos oficiais”, afirmou o médico veterinário Tahuan de Barros. Uma avaliação da área está sendo feita a cada 4 horas para Defesa Civil.

De acordo com ele, a grande preocupação é que há mais de 24 horas os animais não comem. Além de doações da comunidade, um caminhão com ração foi disponibilizado pela Vale para alimentá-los. O segundo passo será transportá-los para hotéis apropriados. Uma fazenda na região será alugada para abrigar os animais de grande porte.

As famílias que foram deslocadas para hotéis preencheram um cadastro para identificação dos animais. Nesta manhã, o grupo aguarda o cadastro daquelas pessoas que ainda não o fizeram.

Eleuses Gomes, de 69 anos, foi um dos que procurou a equipe para fazer o cadastramento dos seus animais na manhã deste sábado. “A minha única preocupação é com a criação. Como vamos fazer? Eles estão sem comer desde ontem”, questionou o morador.

Entre os animais, peixe, galinha, pato e cachorros estão no local que está com acesso bloqueado. “Quero saber como vão transportar os meus peixes. Colocar os animais de grande porte é mais fácil. E as galinhas? Vão misturar com todas as outras dos outros criadoros?”, completou. Ele aguarda ansioso pelo contato dos veterinários.


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