Os mais de 500 moradores que foram retirados de casas próximos da Mina Gongo Soco, da Vale, em Barão de Cocais, na Região Central de Minas Gerais, se reúnem neste sábado com representantes da mineradora. Em pauta, a incerteza de quando poderão retornar para os seus domicílios. Está marcado para este domingo, uma vistoria de uma empresa alemã no maciço, para analisar a estabilidade e emitir um laudo com considerações.
As famílias saíram às pressas de casa na madrugada dessa sexta-feira após o acionamento dos sinais sonoros de emergência. Um áudio em altos falantes instalados na cidade alertava para o risco de rompimento da barragem. Numa escala crescente de 1 a 3 de risco, o maciço da Vale subiu do nível 1 para o nível 2. As medidas, segundo a Vale, fazem parte do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM).
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A empresa ressalta que está fazendo o monitoramento das condições da barragem de quatro em quatro horas.
A barragem Sul Superior, que está sendo monitorada, é a montante, do mesmo jeito que a barragem que se rompeu na Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e deixou, até o último balanço, 157 mortos. Ainda há 165 desaparecidos. O reservatório está entre os dez que serão descomissionados pela Vale. .