A apreensão continua em Barão de Cocais, na Região Central de Minas Gerais. Nesta quarta-feira, moradores das comunidades Socorro, Tabuleiro, Piteira e Vila do Gongo permaneceram fora de suas casas diante do risco de rompimento da Barragem Sul Superior da Mina Gongo Soco, administrada pela Vale. Segundo a mineradora, a barragem ainda está no nível 2 de emergência, isto é, as anomalias detectadas durante inspeção da empresa ainda não estão controladas.
No total, 452 pessoas saíram às pressas de casa na madrugada de sexta-feira, após o acionamento dos sinais sonoros de emergência. As medidas, segundo a mineradora, fazem parte do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM). Dos 452 moradores movidos, 243 estão em seis hotéis da cidade e os demais em casas de parentes. “Todas as residências de Socorro, Tabuleiro, Piteira e Vila do Congo devem permanecer desocupadas até que todos possam retornar com segurança para suas moradias”, informou a Vale.
Além disso, 2.300 animais da região estão recebendo os cuidados dos profissionais da Vale, Defesa Civil, Polícia Ambiental e do Conselho Regional de Medicina Veterinária. O tratamento está sendo realizado nas próprias comunidades que seriam afetadas em caso de rompimento. No entanto, de acordo com a mineradora, em caso de necessidade de removê-los da área, já foram providenciados “todos os equipamentos necessários e (a Vale) alugou uma fazenda nas proximidades para acolhê-los”.
Em decorrência dos problemas, a mineradora contratou, no último domingo, uma empresa alemã para vistoriar a barragem. O resultado do relatório final sobre a situação da estrutura ainda não foi divulgado pela Vale.
*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa