Aumentou para 10 o número de barragens em risco severo de rompimento em Minas Gerais. Conforme ação movida pelo Ministério Público do estado (MPMG), as represas Sul Superior (Mina Gongo Soco), em Barão de Cocais (Região Central), e Vargem Grande, em Nova Lima (Grande BH), também estão em ameaça. Nessa terça-feira, o órgão já havia liberado um documento no qual constava outros oito barramentos em risco.
Leia Mais
Conheça as oito barragens mineiras com "risco severo de rompimento"Brumadinho: investigações devem resultar em denúncia por homicídio, diz promotorTJ nega pedido da Vale para retomar atividades em barragens em 'risco severo de rompimento'Pagamento da Vale por Brumadinho provoca brigas em família pelo dinheiroApós 166 mortes em Brumadinho, meio político se mobiliza para investigar barragensBarragens da Vale têm risco maior ou igual de apresentar os mesmos problemas que a de Brumadinho
Quanto à Vargem Grande, o MP sabia das ameaças desde 2 de janeiro, conforme a ação. Ainda segundo o órgão, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a Agência Nacional de Mineração (ANM) foram informadas sobre as anomalias para tomar as providências cabíveis. O Ministério Público repassou as informações ao secretário de Meio Ambiente, Germano Vieira, e ao gerente regional da ANM, Jânio Leite.
Para chegar às conclusões sobre os estados das barragens, o MP se baseou em documentos da Agência Nacional de Mineração (ANM) repassados pela própria Vale. Relatórios semelhantes motivaram o órgão a colocar outras oito represas de Minas na zona de severo risco: Capitão do Mato e Dique B, em Nova Lima; Menezes 2, em Brumadinho; Laranjeiras, em Barão de Cocais; Taquaras, no distrito de São Sebastião das Águas Claras (também conhecido como Macacos, em Nova Lima); e Forquilha 1, 2 e 3, em Ouro Preto.
As anomalias detectadas pela Vale também incluíam as barragens 1 e 4-A do Complexo Córrego do Feijão, que se romperam em 25 de janeiro. Em nota, a mineradora informou que “as duas barragens citadas possuem declaração de estabilidade emitida no ano passado, sem qualquer indicação de risco iminente”.
Já a Semad disse que suspendeu as atividades em Sul Superior no último dia 8, mesma data da evacuação da população a jusante da barragem. Quanto à Vargem Grande, a pasta foi procurada pela reportagem às 22h22 desta quarta e não conseguiu levantar tal informação neste horário.
.