O presidente da Vale, Fábio Schvartsman, disse que a demora para solucionar os problemas ocasionado pelo rompimento da barragem de Mariana, em novembro de 2015, que causou 19 mortes e um desastre ambiental, não pode ser usada como referência na tragédia de Brumadinho. O rompimento da barragem do Córrego do Feijão, no dia 25 de janeiro, causou 110 mortes confirmadas e 238 pessoas ainda estão desaparecidas.
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Vale é 'joia brasileira' e não pode ser condenada por um acidente, diz presidenteApós 166 mortes em Brumadinho, meio político se mobiliza para investigar barragensViagem de ônibus revela cenário de destruição na área da Vale em BrumadinhoDeputado e secretário de Meio Ambiente batem boca em audiência na CâmaraPresidente da Vale se senta durante um minuto de silêncio em homenagem às vítimas de BrumadinhoO executivo lembrou que a Samarco é uma joint venture da Vale e da BHP Billiton e, para solucionar os problemas do acidente em Mariana, foi criada a Fundação Renova. No caso de Brumadinho, a barragem pertence unicamente à Vale.
"A Fundação Renova foi construída como solução para o caso de Mariana. É um modelo democrático e, também por isso, as respostas são lentas", disse. Ele destacou que, na fundação, Vale e BHP Billiton tem o mesmo poder de voto.
"Seria melhor para a Vale que o processo de Mariana andasse com celeridade. Vamos tentar influenciar nesse processo", disse. "Se houver algo que eu possa fazer na Fundação Renova via Vale para acelerar processos, isso será feito."
No caso de Brumadinho, Schvartsman frisou ser um caso "radicalmente diferente". "Se houver morosidade, a culpa é da Vale", disse. "Sei que nossa credibilidade é baixa e não peço que acreditem em mim, mas apenas que acompanhem o processo."
O executivo disse que está comprometido e à disposição da Câmara de Deputados para continuar a dividir informações sobre a tragédia de Brumadinho com transparência. "Não queremos que essa seja uma tragédia sem solução ao final."
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