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Estado de Minas

Simulação de emergência com barragem em Macacos seria realizada em junho

Cerca de 200 pessoas tiveram que sair de casa neste sábado por questões relativas a uma barragem da mineradora


postado em 16/02/2019 23:00 / atualizado em 16/02/2019 23:02

Moradores no centro comunitário de Macacos(foto: Mateus Parreiras/EM/DA Press)
Moradores no centro comunitário de Macacos (foto: Mateus Parreiras/EM/DA Press)


A Vale confirmou, no fim da noite deste sábado, que a simulação de emergência de rompimento de barragem em São Sebastião das Águas Claras, distrito conhecido como Macacos, em Nova Lima, estava prevista para junho. No início da noite, cerca de 200 moradores tiveram que evacuar suas casas por conta do risco na Barragem B3/B4, da Mina Mar Azul. 

A mineradora diz que realizou reuniões para apresentar o Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) à comunidade no ano passado. “A última reunião aconteceu em 28 de novembro, com cerca de 60 membros da comunidade, onde foram apresentados os locais de instalação das sirenes e discutidas as rotas de fuga”, disse a Vale em nota enviada às 23h29. “O simulado a ser realizado pela Defesa Civil Estadual e pela Defesa Civil de Nova Lima, com apoio e participação da Vale, estava previsto para junho deste ano”, informou. 

Segundo o Corpo de Bombeiros, a barragem em questão tem aproximadamente 3 milhões de metros cúbicos de rejeitos com estrutura a montante, como as de Brumadinho e Mariana que se romperam em janeiro deste ano e novembro de 2015, respectivamente.

Por meio de nota, a Vale confirmou que acionou o nível 2 do PAEBM. “A decisão é uma medida preventiva e se dá após a revisão dos dados dos relatórios de análise de empresas especializadas contratadas para assessorar a Vale. Cabe ressaltar que a estrutura está inativa e essa iniciativa tem caráter preventivo”, diz a mineradora. 

(foto: Arte/Soraia Piva)
(foto: Arte/Soraia Piva)

A Vale afirma que cerca de 200 pessoas serão retiradas das 49 edificações, entre residências e comércio em Macacos, que fica a 25 quilômetros de Belo Horizonte. “As pessoas evacuadas estão sendo acolhidas e registradas no centro comunitário, onde receberão informações adicionais”.  

“Foi solicitado pela Defesa Civil de Minas Gerais à Agência Nacional de Mineração (ANM) uma vistoria técnica in loco nas barragens, estando disponível todo o aparato logístico que se fizer necessário para celeridade da ação”, informou a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, também por meio de nota enviada nesta noite. “As barragens se encontram com nível de emergência classificado com o grau 2 e, por este motivo, em caráter preventivo e a fim de buscar a redução do risco de desastres no local, está ocorrendo a evacuação da área do mapa de inundação (dam break - possível área de alagamento na hipótese de rompimento das barragens)”, pontua o órgão. 

O major Flávio Santiago, chefe da Sala de Imprensa da Polícia Militar (PM) disse que as pessoas que deveriam sair da área de dam break já foram retiradas. “Já há o reforço da Polícia Militar para fazer com que os pontos sejam guarnecidos, ou seja, que nenhum patrimônio seja vilipendiado das pessoas que saíram da cidade”, explicou. “A Polícia Militar tomou todas as providências, fechou os pontos de entrada e saída que são considerados de risco. O local agora está incólume no sentido de garantia da vida, que é nossa prioridade”. 


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