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Estado de Minas

Vale faz acordo parcial para indenizações

Enquanto as negociações parciais seguem, no primeiro dia após a prisão de oito funcionários da Vale, o clima entre os atingidos em Brumadinho era de incredulidade


postado em 17/02/2019 06:00 / atualizado em 17/02/2019 07:42

(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

A Vale informou nesse sábado (16) que as despesas com funerais e verbas rescisórias dos mortos no rompimento da Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho, serão assumidas ou ressarcidas pela Vale. A decisão foi tomada depois que a companhia fechou acordo parcial para atendimento emergencial às famílias.

Também nesse sábado (16), o governo federal ofereceu um empréstimo de R$ 62 milhões a microempresários ligados ao setor de turismo em Brumadinho, para que possam tentar reativar suas atividades após a onda de devastação e da desconfiança que ainda paira sobre o local como um destino para lazer e descanso.

Enquanto as negociações parciais seguem, no primeiro dia após a prisão de oito funcionários da Vale, o clima entre os atingidos em Brumadinho era de incredulidade.

Os trabalhadores da mineradora foram presos depois de uma operação do Ministério Público de Minas Gerais e da Polícia Civil levar para a penitenciária empregados de nível executivo e técnico que atuavam na Mina Córrego do Feijão.

Eles são acusados de saber da possibilidade iminente de rompimento da Barragem 1 pelo menos desde o primeiro semestre do ano passado. Para os moradores e quem perdeu amigos e familiares, falta prender os que eles consideram os verdadeiros responsáveis pela tragédia.

Moradora da comunidade do Tejuco, a agente comunitária Fernanda Raquel Mercês do Prado, de 29 anos, perdeu vários amigos na tragédia. “As pessoas não estão acreditando que é por aí. E eles não ficarão presos”, conta.

“Um monte de gente sabia que poderia romper a qualquer hora, mas, se você fala, ou é mandado embora ou vem alguém e te mata. Não culpo esses que foram detidos, são todos peixe pequeno. Eles só recebem ordens. Culpo os chefões.”

Fernanda conta que assistiu à lama avançar de cima da pedreira próximo à sua casa. O marido também trabalha no setor de mineração, em outra empresa. “Serviço aqui é difícil. Ou é a prefeitura ou a mineração.”


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