Brumadinho – A reportagem do Estado de Minas percorreu ontem a estrada da Vale que dá acesso às minas de extração de minério do Córrego do Feijão. Na Barragem VI – onde dias após o rompimento da Barragem I houve alerta sobre a possibilidade de um novo rompimento –, o volume de água está visivelmente mais baixo do que há três semanas. A Vale informou que seria feito um processo de drenagem na barragem para evitar qualquer risco de novo rompimento. A empresa não informou quando o processo será concluído.
Pouco acima das minas, um pátio da mineradora se transformou em uma garagem para restos de veículos e máquina que foram destruídos pela lama. As carcaças de pelo menos 15 veículos e ferramentas completamente amassados estão empilhadas em um espaço acima da Barragem VI. A destruição dos veículos dá ideia da força da lama que desceu arrasando a região.
Ontem, os bombeiros anunciaram a localização de dois corpos após os trabalhos do fim de semana, além de três segmentos de corpos. Eles informaram ainda que começaram uma ação de demolição da estrutura colapsada da instalação de tratamento de minério (ITM), o que permitirá chegar até locais que antes estavam inacessíveis. “É um trabalho meticuloso, uma vez que existem cilindros de acetileno no local e atmosferas que demandam uso de equipamentos especiais para respiração”, divulgou o Corpo de Bombeiros por meio de nota.